A iminente transformação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em banco, ampliando sua musculatura financeira e o potencial de investimento, é festejada pelo setor de inovação no Brasil. A medida, ainda em estudo pelo governo, visa dar condições ao o país elevar o nível de investimento em inovação aos padrões internacionais. “A Finep como banco seria muito bom para o setor. Ela entraria num espaço abaixo do BNDES voltada para empresas e projetos menores. O conceito de inovação apoiado pela Finep não possui linhas de crédito disponíveis. Para pequenas e médias empresas é muito difícil conseguir crédito para inovar então essa possibilidade pela Finep seria muito bom”, diz José Alberto Aranha, diretor do Instituto Gênesis, a incubadora de empresas da PUC-Rio. Segundo o chefe do departamento de planejamento orçamentário da Finep, André Amaral de Araújo, a transformação da instituição em banco irá ampliar a capacidade financeira para apoiar projetos inovadores. “Como banco público, a Finep vai poder captar recursos com a União sem impactar o superávit primário. Dessa forma, vamos poder tomar recursos em muito maior quantidade para financiar a inovação, que está abaixo dos níveis de países desenvolvidos”. Segundo Amaral, da Finep, as empresas privadas investem no Brasil cerca de R$ 25 bilhões por ano em inovação. Finep e BNDES respondem pelo financiamento de cerca de 15% desse montante. Para chegar à meta de 1% do PIB investido em inovação, seriam necessários mais R$ 40 bilhões adicionais por ano. “Hoje, com recursos próprios, podemos ampliar o investimento em inovação para R$ 6 bilhões, o que ainda é pouco. A ideia é crescer aos poucos e não de uma hora para outra”, afirma Amaral, lembrando que como banco as possibilidades de financiamento crescem. O plano de transformar a Finep em banco é vista com bons olhos por empresários que apostam na inovação. José Augusto Pereira, sócio da Pipeway, especializada na inspeção de dutos de óleo e nascida na incubadora de empresas da PUC, confirma a impressão. “Nós temos uma relação histórica com a Finep. Usamos diversos produtos criados na universidade com apoio da Finep e pagamos royalties por eles. A Finep como um banco será o elo que faltava no financiamento da inovação. O BNDES vê projetos maiores, negócios consolidados. Empresas nascentes têm um risco maior e têm dificuldades de financiamento “, afirma. (Com informações do Valor Econômico)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.