O relator da Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de lei, que cria o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sibá Machado (PT-AC), explicou durante do fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), no dia 22 de julho, em Recife (PE), que a matéria deve ser desmembrada em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) e uma legislação específica de acesso à biodiversidade. Em sua apresentação no fórum, o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, informou que o conjunto de modificações previsto no PL 2.177/11 inclui, ainda, adequações do Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv), a institucionalização dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), a revisão da chamada Lei do Bem [número 11.196] e de legislações relacionadas a importações e fundações de amparo à pesquisa, além do estabelecimento do Marco Civil da Internet, também em discussão no Congresso Nacional. Elias acredita que este semestre é a ocasião oportuna para aprovar o conjunto de leis que compõem o marco legal voltado às áreas que abrangem a pasta. Nessa construção com o [Poder] Legislativo, o momento oportuno é agora, porque 2014 é um ano de eleição, o que torna difícil, dentro do Congresso Nacional, estabelecer princípios para, por exemplo, mudar a lei nº 8.666 ou aprovar um regime diferenciado de compras [para a área da CT&I], avaliou. Além disso, os outros países não estão parados. Há um forte crescimento da agenda internacional e uma perspectiva de cada vez maior de investimentos em programas estratégicos voltados para essa temática. Se não aproveitarmos a oportunidade, certamente daremos um passo atrás. Para Sibá Machado, os deputados podem solucionar a questão até o final do ano. Eu acredito que, antes do Natal, temos ambiente para aprovar, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, esse conjunto de legislações e amanhecer 2014 com um novo ambiente legal no Brasil para formação da área de CT&I, declarou. Estou com muita fé nisso e bastante convencido de que os parlamentares irão tratar esse assunto de uma maneira suprapartidária. No evento, o ministro Marco Antonio Raupp reforçou a importância de uma legislação mais sintonizada com as necessidades do setor, das parcerias público-privadas (PPPs) e da maior cooperação entre os entes federativos. É necessário facilitar a verdadeira parceria entre os agentes geradores de conhecimento com aqueles que têm capacidade de transformá-lo em bens de valor econômico, disse. Precisamos de uma legislação especial que torne mais flexível a lei número 8.666 [conhecida como Lei das Licitações], porque a natureza dessa cooperação é diferente da operação para a qual a legislação foi estabelecida, ou seja, voltada para o fornecimento de bens e serviços do agente privado para o público. O fórum foi realizado em conjunto com a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Participaram do encontro os presidentes do Consecti, Jadir Péla, e do Confap, Sérgio Gargioni, além do ex-ministro Sérgio Rezende [Ciência e Tecnologia] e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dentre outros. Conforme lembrou o Elias, a discussão em torno de um Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação tem um histórico que envolve, além do MCTI, o Consecti e a Confap, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e as associações nacionais dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e de Pós-Graduandos (ANPG). (Com informações do MCTI)

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