Quando uma empresa apresenta um produto e prova que as suas características são verdadeiras, isso se torna um diferencial. Os atendimentos prestados pelo IPT por meio do Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, o Progex, e também da Gestão de Produção, o Gespro, fizeram toda a diferença para as nossas cortinas, inclusive inspirando os concorrentes a também se prepararem melhor para atender aos mercados nacional e internacional, afirmou Alexandre Santos, da BR Goods, em depoimento a cerca de 80 participantes durante o seminário Crise: Acessar Novos Mercados com Qualificação Técnica faz toda a Diferença, que foi realizado no campus do IPT na manhã de 22 de outubro. Especializada em produtos hospitalares e hoteleiros, a BR Goods começou no quintal de uma casa com o desenvolvimento de cortinas para hotéis. A partir de uma parceria com o Hospital Albert Einstein, a empresa passou a oferecer cortinas divisórias de leitos hospitalares, e tem hoje em sua carteira de clientes as principais redes hospitalares brasileiras, além de exportar para mais de dez mercados internacionais, incluindo EUA, Japão, Arábia Saudita e diversos países da América Latina. Em parceria com o IPT, procuramos desenvolver todos os nossos produtos para que o cliente tenha um resultado satisfatório. O mercado é muito competitivo e aparecem todos os dias novos concorrentes, mas nem sempre eles conseguem transmitir segurança, ressaltou ele. O evento foi uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do IPT para auxiliar as micro, pequenas e médias empresas no processo de inserção no exterior. A importância do conhecimento de mercado para a elaboração de uma estratégia de internacionalização foi o tema discutido por Luciana Gonçalves, coordenadora de inteligência comercial da Câmara Americana de Comércio, que iniciou a sua apresentação lembrando que o Brasil responde por apenas 1,3% do comércio mundial e está em 22ª posição tanto no ranking dos maiores exportadores de mercadorias do mundo quanto no de importadores, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), mas tem espaço para expandir a sua presença. Para as empresas entrarem nos EUA, é necessário um estudo de mercado, pois não se deve considerar o mercado norte-americano semelhante ao brasileiro ou mesmo ao europeu. É fundamental analisar a concorrência, lembrar que cada um dos 50 estados têm uma regulamentação e buscar um nicho de mercado, afirmou ela, ressaltando que os EUA são atualmente o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás somente da China, mas o principal destino dos produtos manufaturados aqui produzidos. Fernando Paraíso, coordenador do Departamento de Inovação e Tecnologia na Câmara Brasil-Alemanha, enfatizou em sua apresentação a necessidade de considerar as diferenças entre os dois países: A política comercial na Alemanha é orientada em longo prazo, enquanto no Brasil é em curto prazo; e, apesar de o quadro estar mudando, o executivo brasileiro ainda foca no mercado interno, enquanto o alemão se volta para o externo. Além disso, o apoio dado pelo governo da Alemanha às indústrias é muito forte, afirmou ele. O evento também divulgou as ferramentas de atuação disponibilizadas pelo Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT. A diretora do núcleo, Mari Katayama, e o pesquisador Vicente Mazzarella apresentaram as soluções oferecidas para reduzir custos, qualificar produtos para concorrer no mercado interno, adaptar produtos para a exportação em atendimento às exigências técnicas internacionais, melhorar processos e gestão, além de apoio para uma produção mais limpa. Evelyn Steiner, da Poli Óleos Vegetais, também usou os serviços oferecidos pelo Progex e afirmou em seu depoimento que empreender não é para preguiçosos; foi por meio do IPT que consegui a adequação de produtos para exportar para a Europa, inclusive a França na qual os nossos cosméticos da marca Ikove estão presentes em 88 lojas da rede Nature & Découvertes e também no e-commerce. (IPT)

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