O Senado Federal vai começar a discutir um novo marco legal para o setor de informática, com o objetivo de atualizar as regras de incentivos ao uso do software nacional, desonerações fiscais e estímulos ao mercado por meio de compras governamentais. Proposta pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), uma audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e Ciência e Tecnologia vai ouvir representantes do governo ministérios de Ciência e Tecnologia e do Planejamento, além do BNDES e entidades do setor como Assespro, Abes, Softex e Fenainfo sobre a revisão da Lei de Informática. Diferentes avaliações sustentam que a Lei de Informática envelheceu, visto que trata essencialmente da montagem de equipamentos no país (hardware), enquanto o mercado atual se desenvolve principalmente no campo dos aplicativos (software). A indústria defende mudanças. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), ainda que tenha colaborado para reduzir o mercado cinza de computadores e celulares, a lei precisa ser modernizada para buscar a fabricação de componentes e semicondutores. Encomendado em 2010 pelo MCT ao Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), um estudo sobre a Lei de Informática concluiu que o principal problema é que os incentivos fiscais são direcionados para a indústria de hardware, enquanto que o núcleo dinâmico da indústria se deslocou para software e serviços. Os estímulos fiscais a produção de equipamentos favoreceram a montagem local, mas apresenta problemas relativos à baixa agregação de valor. Entre 1998 e 2008 as vendas da indústria de TICs saltaram de R$ 10 bilhões para R$ 50 bilhões, mas com clara redução da fatia nacional nos ganhos. O estudo constatou uma queda do valor adicionado local já que os insumos importados passaram de 28% do faturamento em 2005 para 58% em 2008. Houve também um aumento substancial na importação de produtos acabados. O câmbio desfavorável também é fator importante nesse desempenho. Ao concluir a avaliação, o CGEE defende cinco premissas que devem fazer parte de uma nova política para o setor: 1) Promover a integração da indústria brasileira em cadeias globais de valor; 2) Fortalecimento das empresas e ICTs nacionais de TICs; 3) Construção de um programa nacional de formação e capacitação de recursos humanos em TICs 4) Construção do plano estratégico para software e serviços de tecnologias da informação 5) Aperfeiçoamento da gestão das políticas de TICs. (Com informações do Convergência Digital)

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