O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, anunciaram, em Berlim, parceria que vai resultar na criação de 24 institutos de inovação no Brasil. Segundo Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai, o acordo permite que o país importe o sistema de inovação alemão, que é fortemente baseado em aplicação de pesquisa para a indústria. Estão previstos investimentos de R$ 3 bilhões até 2015. Desse total, R$ 1,5 bilhão será aplicado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na construção e ampliação de unidades do Senai para receber a nova estrutura. O restante sairá do próprio Senai e de indústrias associadas. Os Institutos Senai de Inovação (SISs) funcionarão com base no modelo Fraunhofer, entidade fundada em 1949 para ajudar a indústria alemã a se reerguer depois da Segunda Guerra Mundial. A iniciativa opera basicamente como um canal de comunicação entre a universidade e o setor produtivo, empregando pesquisadores que recebem demandas do setor industrial para a criação de novas tecnologias, novos processos e produtos para empresas pequenas, médias e grandes. Com cerca de 60 unidades espalhadas pela Alemanha, o Fraunhofer é um grande laboratório que faz pesquisa e fornece soluções inovadoras tanto para companhias como Volkswagen, Siemens e Bosch, como para pequenos e médios negócios. “A principal agenda do Brasil hoje é a competitividade industrial. Com a adoção de institutos de inovação baseados no modelo Fraunhofer, os empresários brasileiros vão entender como a Alemanha apoia a indústria no desenvolvimento de pesquisa aplicada, produtos e processos inovadores. O objetivo é criar sistema semelhante, baseado nas nossas necessidades”, diz Lucchesi. Os técnicos e pesquisadores que atuarão nos SISs no Brasil passarão por treinamento na Alemanha e também em outras instituições semelhantes na Itália, na China, no Canadá e nos Estados Unidos, num centro do Massachusetts Institute of Technology (MIT). O primeiro a entrar em operação, neste segundo semestre, é o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, no Paraná, que será instalado próximo a um parque tecnológico do Estado. “Não se trata de uma cópia exata do Fraunhofer. O Brasil terá que achar seu próprio caminho, o importante é que aproveite as boas condições para tornar sua indústria mais competitiva. Caso contrário, a sobrevivência do setor é complicada”, avalia Eckart Uhlmann, diretor do Fraunhofer IPK, de Berlim. (Com informações do Valor Econômico)

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