O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) está montando um projeto ambicioso: criar 45 institutos de tecnologia a fim de auxiliar a indústria brasileira a inovar. No início, esses centros terão a função de testar uma nova liga de aço para um motor 1.4, por exemplo, ou examinar outros materiais para suprir necessidades de desenvolvimento de produtos apresentadas pelas empresas. Mais para frente, a ideia será montar também institutos de inovação propriamente dita, onde serão elaborados projetos surgidos a partir dos testes feitos nos institutos de tecnologia. Com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Senai investirá R$ 1,5 bilhão na formação dos institutos. Com contrapartida financeira das empresas, o montante pode chegar a R$ 2,5 bilhões. Espalhados por todo o Brasil, os institutos de tecnologia trabalharão em uma gama bastante diversa de áreas, de elásticos à logística, da produção bioquímica à metalurgia, de microeletrônica a energias renováveis. O modelo desses laboratórios seguirá o adotado pelo instituto alemão de tecnologia Fraunhofer, parceiro do Senai no projeto. A ideia é chamar empresas e conhecer suas demandas e necessidades, além de atender a indústria em testes corriqueiros. Isso gera uma atmosfera de conversas entre técnicos brasileiros e empresas brasileiras, disse o professor Jefferson de Oliveira Gomes, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e organizador do projeto do Senai nacional, durante a palestra Facilitadores da Inovação: Senai, proferida no segundo dia da XII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. A fim de auxiliar o processo de inovação propriamente dito, foi convidado o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o famoso MIT, amplamente reconhecido por sua capacidade de gerar patentes e principalmente apoiar a criação de empresas inovadoras. Um dos objetivos do projeto, diz Gomes, é criar também polos ao lado dos institutos justamente para a formação de companhias. O professor acredita que o tempo de estabilização do projeto seja de seis anos. Os institutos devem estar implantados em três anos.

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