Representantes do setor automotivo pediram aos deputados apoio para a criação de mais mecanismos de investimento em inovação tecnológica para o segmento. Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículo Automotores (Anfavea), Luiz Moan, apenas o Inovar-Auto não é suficiente para atender a necessidade de inovação tecnológica na cadeia produtiva. Moan participou, no dia 28 de agosto, em Brasília (DF), de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Além da manutenção do programa Inovar-Auto, lançado há cerca de um ano, ele defendeu a criação de mais dois pilares para completar o pacote de estímulos à inovação no setor automotivo: o Inovar Autopeças e o Exporta Auto. O primeiro dos dois novos programas sugeridos deve ser lançado em breve pelo Palácio do Planalto. As associadas da Anfavea são responsáveis por pouco mais de 75% da produção mundial de veículos. A indústria brasileira poderia ser maior, mas não existe uma indústria montadora forte sem uma indústria de autopeças forte. É nessa áreas [autopeças] onde está a maior parte da possibilidade de desenvolvimento inovador da engenharia, relatou Moan. Estão instaladas, no Brasil, 21 montadoras. Elas geram cerca de 1,5 milhão de empregos e fatura anualmente US$ 106,8 bilhões, o equivalente a 21% do Produto Interno Bruto industrial. Esses números fazem do Brasil o 4° maior mercado mundial. No entanto, é apenas o 7° produtor mundial, ou seja o País importa grande parte dos produtos. A balança comercial do setor registrou índice negativo, em 2012, de US$ 10 bilhões. O Brasil já exportou cerca de 900 mil veículos por ano. Atualmente essa média está na casa de 400 mil. Com o Inovar Autopeças e o Exporta Auto, o presidente da Anfavea acredita que o País voltará a ser competitivo. Inovação significa o retorno do ganho de competitividade global que nos colocará no grupo de grandes produtores de tecnologia e segurança veicular, garantiu. Com as medida anunciadas pelo governo federal, a Anfavea acredita que, até 2017, as montadoras invistam cerca de R$ 72 bilhões no mercado brasileiro, sendo 10% em P&D, podendo esse índice chegar a 20%. O Inovar Auto oferece benefícios fiscais a montadoras credenciadas que cumprirem metas como aumentar a eficiência energética dos veículos automotores, investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), atividades de engenharia e capacitação de fornecedores. Para o secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Álvaro Prata, as indústrias automotivas podem investir mais em P&D. Teremos benefícios diversos para a população como veículos com mais potência, mais seguros, mais confortáveis e menos poluentes. As montadoras são beneficiadas com redução de até 30% do Imposto sobre Produtos Importados (IPI), entre outros, explicou Prata. A Anfavea estuda a criação de um centro de referência que consiga construir uma rede para o desenvolvimento da tecnologia automotiva. O objetivo seria ter um centro de recepção de ideias inovadoras que serão sugeridas pela sociedade. Se a ideia tiver alguma chance de desenvolvimento, as universidades e centro de pesquisa poderão desenvolvê-la, explicou o presidente da instituição, Luiz Moan. (Com informações da Agência Gestão C,T&I)

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