Duas soluções aplicáveis ao setor de geração e distribuição de energia foram apresentadas nesta quarta-feira, 29/04, no Encontro iTec 2015, em São Paulo. Uma, do Instituto Senai de Inovação em Automação, trata de um sistema de monitoramento das faixas de servidão, o espaço vago no entorno das torres de transmissão e distribuição de energia. A outra, da empresa Reivax, é uma inovação aplicada aos painéis solares que torna possível ao consumidor enviar de volta para a rede a energia que não consumiu. Ambas as soluções atendem aos requisitos iniciais de dois dos quatro desafios propostos pela AES Brasil, também apresentados no Encontro iTec (leia matéria AES Brasil busca parceiros em inovação no Encontro iTec). A proposta do Instituto Senai é fazer o monitoramento das faixas de servidão utilizando imagens captadas por drones, acompanhados por um sistema de sensores instalados nas torres para monitorar as condições ambientais (como ventos, temperatura etc). A ideia é que todas as informações coletadas sejam enviadas em tempo real para as equipes de monitoramento. Docas são instaladas em torres a intervalos regulares, já que os drones têm um certo tempo de autonomia de voo e precisam ser recarregados. Os drones podem fazer varreduras em pontos definidos. Se mudou alguma característica do ambiente como, por exemplo, aumento de temperatura em certo ponto da linha, enviamos o drone para fazer o monitoramento, contou o diretor do Instituto Senai de Inovação em Automação, Herman Augusto Lepikson. Os drones podem ser equipados com sensores térmicos capazes de identificar, por exemplo, fraturas internas no cabeamento, acrescentou. Câmeras de baixo custo ajudariam no monitoramento. Segundo ele, o investimento inicial para o sistema é pequeno, e o prazo de desenvolvimento é curto. É uma solução de retorno rápido, concluiu. João Marcos Castro Soares, da empresa Reivax, mostrou a tecnologia de microinversor integrado aos painéis solares como uma solução para a demanda da AES Brasil em inovar na geração distribuída. É uma aposta no uso da micro e minigeração de energia solar que pode atender residências individualmente. Uma das vantagens da geração distribuída é permitir que os consumidores devolvam para a rede elétrica a energia que produziram localmente, mas não consumiram. Hoje isso é possível para quem tem energia solar em casa, por exemplo. Mas para que seja tecnicamente possível injetar a energia na rede, é preciso ter microinversores instalados nos painéis. O microinversor proposto pela Reivax está em estágio de teste de conceito. Há alguns desafios, como reduzir o custo de implementação, alcançar a escala de produção, lidar com as questões de logística e o baixo conteúdo de nacionalização, mas é uma tecnologia muito promissora para a geração distribuída, disse. A empresa pretende desenvolver os protótipos de bancada e mecânico para integração e testes, chegando a uma produção de lote piloto para teste nas residências.

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