Um medicamento contra malária desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmaguinhos/Fiocruz), o ASMQ, recebeu a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante o alto padrão de qualidade do produto. A concessão da certificação foi anunciada no dia 3 de outubro na Índia, onde o medicamento é fabricado graças à transferência de tecnologia da cooperação Sul-Sul. O coordenador de pesquisa clínica de Farmanguinhos, André Daher, explica que o tratamento com duas drogas já era usado, mas a nova formulação, registrada no Brasil e distribuída pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária desde 2008, oferece tratamento mais fácil e eficiente. Daher explica que a pré-qualificação da OMS é um tipo de registro internacional que permite a distribuição para vários países por meio de um mecanismo de compra centralizado da Organização. De acordo com ele, a fábrica Cipla, na Índia, conseguiu o certificado para distribuir o ASMQ no Sudeste Asiático. Agora o Brasil inicia o processo de pré-qualificação para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o que permitirá distribuir o medicamento para a América Latina. O pesquisador destaca a importância da cooperação que permitiu a transferência da tecnologia para a Índia. A gente acha [a pré-qualificação] muito importante, porque ela coroa uma transferência de tecnologia entre dois países do sul e uma cooperação tecnológica Sul-Sul. [Brasil e Índia] eram atores, há até pouco tempo, pouco atuantes no mercado tecnológico e, agora, o Brasil começa a se posicionar como ator mais importante para a cooperação Sul-Sul no âmbito tecnológico, inclusive em tecnologias em saúde. Segundo a OMS, a malária é a quinta doença que mais mata no mundo. Ela é provocada pelo parasita do gênero Plasmodiun, transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anophele, conhecido como muriçoca, mosquito-prego ou carapanã. No Brasil, 99,5% dos casos são registrados na região da Amazônia Legal. No mundo, África Subsaariana e Ásia são os locais com maior incidência. A doença, também chamada de impaludismo, causa sintomas como dor de cabeça, no corpo, dor abdominal, tontura náusea, fraqueza, febre alta e calafrios. (Com informações da Agência Brasil)

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