O investimento em inovação e modernização de processos, dentro do cenário de concorrência globalizada, tornou-se condição indispensável para as indústrias que pretendem manter-se no mercado. Apesar de indústrias no Ceará já virem se candidatando em editais para financiamentos à pesquisa e inovação tecnológica, o número de empresas que despertaram para esta necessidade ainda é pequeno. “O que é bom hoje, já não será suficiente para amanhã. Quem não estiver investindo, vai deixar de existir. É obrigatório, pois é coisa de mercado”, alerta o presidente da Fiec, Roberto Macedo. Segundo ele, as indústrias cearenses já deveriam investir muito mais nestes processos de atualização. “Falta despertar, falta iniciativa de nossos industriais de buscar”, analisa. “Tem que saber o que está apontando o novo. Tem que dinamizar a indústria. Mas ainda tem que ser dinamizado em todo o setor industrial”, pondera. Mesmo não tendo um investimento significativo em inovação, o Ceará foi, em 2007, o Estado que mais teve empresas contempladas no Nordeste com subvenção econômica. Naquele ano, 26 empresas cearenses participaram de editais da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Durante a Feira da Indústria, Tecnologia e Inovação (Tecnológica 2008) e IV Seminário de Gestão e Inovação Tecnológica do Nordeste (Inova 2008), em Fortaleza, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, chegou a explicar que o motivo para o pouco investimento aqui nestas áreas é que a produção industrial cearense ainda é baseada em atividades tradicionais, e que a industrialização no Ceará ainda é um fato muito recente. O titular da Fiec diz, contudo, que a indústria cearense vem realizando algumas parcerias e alianças com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, as universidades, os institutos de pesquisa e desenvolvimento para a implementação de programas e ações voltadas para essa necessidade. Macedo explica que a entidade está elaborando o seu Planejamento Estratégico para o período até 2011 e diz que um dos focos das ações será a “mudança de mentalidade do empresariado” para a importância da modernização. (Fonte: Diário do Nordeste – http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=607285)