30/03/2016
Cenários de seca e de escassez de água como os que atingem países da África, o nordeste brasileiro e, mais recentemente, São Paulo e Califórnia geram muita preocupação. Até porque, não é difícil imaginar os impactos negativos do problema na vida das pessoas e nas economias locais. A boa notícia é que essa realidade está fazendo com que a indústria desenvolva soluções cada vez mais inovadoras e flexíveis como, por exemplo, a dessalinização de água.
É isso mesmo! A tecnologia de captar água do mar, ou salobra subterrânea, e torná-la potável já é uma tendência mundial. Para enfrentar estiagens, os Estados Unidos construíram no ano passado a maior usina de dessalinização de água do mar da história. Instalada na Califórnia, ela é capaz de fornecer 190 milhões de litros de água por dia.
Aqui no Brasil, a GE Water & Process Technologies e a Acquapura trabalham juntas para fornecer dessalinizadores a partir do processo de osmose reversa para comunidades no Nordeste. O equipamento retira o sal da água do mar ou da água de poços artesianos. Hoje, várias unidades já estão em operação no País, fornecendo água potável para regiões de escassez.
Em Pernambuco, na cidade de Riacho das Almas, a tecnologia trata 5 mil litros d’água diariamente, quantidade suficiente para abastecer cada morador com 20 litros de água por dia. Se fizermos as contas, isso equivale a quase 20% do total de água que uma pessoa usa por dia para atividades básicas, pois com 110 litros é possível tomar banho, escovar os dentes, lavar a louça e ainda sobra água para outras tarefas.
Como a dessalinização acontece?
A dessalinização é uma solução e tanto, mas você sabe como a água salgada se transforma em água potável? A mágica – ou melhor, a tecnologia – acontece por causa das membranas de osmose reversa fornecidas pela GE. O processo usa a pressão para empurrar moléculas de água salgada através de um filtro superfino e capaz de barrar o sal, bactérias, vírus, coloides e outros sólidos dissolvidos ou em suspensão.
Como diferencial, a tecnologia da GE combina a maior passagem de fluxo de água nas membranas com menores níveis de pressão, reduzindo custos associados ao consumo energético. Em Riacho das Almas, por exemplo, a economia de energia vai além, já que a estação de dessalinização funciona com energia captada de painéis fotovoltaicos.
O próximo passo é adotar dessalinizadores para complementar o abastecimento de água em regiões costeiras, como já acontece em Portugal ou em Angola, ajudando a atender populações pequenas e demandas pontuais.
(GE Reports)