A chamada internet das coisas que conecta diferentes dispositivos à internet e as comunicações máquina a máquina (M2M) por redes móveis, como as maquininhas de cartão de crédito e débito, emergem como os serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de mais rápido crescimento em termos de tráfego na rede. A conclusão é do relatório Trends in Telecommunication Reform 2015, divulgado na sexta-feira (17) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). Segundo a UIT, o faturamento do mercado de internet das coisas pode atingir US$ 1,7 trilhão até 2019. A expectativa é que 1 bilhão de dispositivos do tipo pelo celular sejam vendidos em 2015, totalizando uma base instalada de 2,8 bilhões até o fim deste ano. Outros 25 bilhões de dispositivos de rede usados para ligar computadores a aparelhos eletrônicos para partilhar arquivos estarão conectados até 2020, impulsionados por consumidores de comércio, hospitais, autoridades locais, indústrias e transportes. Os dispositivos wearable aparelhos eletrônicos para vestir ou usar junto ao corpo, como relógios inteligentes podem ter alcançado 104 milhões de unidades vendidas no mundo em 2014. A demanda por tablets perdeu ritmo, mas deve alcançar 234,5 milhões de unidades em 2015. Espera-se um declínio nas vendas globais de PCs e de laptops nos próximos quatro anos, segundo a UIT. Smartphones A expectativa é de que 1,4 bilhão de smartphones sejam vendidos globalmente neste ano, superando as vendas conjuntas de PC, televisão, tablets e consoles de jogos, tanto em volume como em faturamento. O total de smartphones no mundo chegará a 2,2 bilhões neste ano. Isso significa que, para muitos consumidores de países em desenvolvimento, a primeira experiência com a internet pode ser feita por meio desses aparelhos. As vendas de smartphones devem crescer nos próximos cinco anos, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde muita gente ainda não está conectada à internet. Cerca de 3 bilhões de pessoas tinham acesso à internet ao fim de 2014, mas 4,3 bilhões ainda estavam offline. Com a proliferação dos dispositivos móveis, é esperado um grande aumento do tráfego na rede. O mercado global de banda larga fixa crescerá 3% ao ano e alcançará 276 bilhões até 2019, nas projeções da UIT. As operadoras móveis tentarão gerar retornos sobre os investimentos a partir de suas redes de 3G e 4G, oferecendo novos serviços e pacotes de preços diferenciados para melhorar a eficiência. Operadoras investirão até US$ 1,7 trilhão em infraestrutura de 4G entre 2015 e 2020, segundo o estudo. Privacidade O relatório destaca também a proliferação de aplicativos e o uso intenso das redes sociais. Em janeiro de 2015, havia 2,07 bilhões de contas ativas nas mídias sociais. O usuário médio gasta duas horas e 25 minutos por dia em plataformas sociais, estima a UIT. Ao mesmo tempo em que têm novas oportunidades, os consumidores enfrentam desafios como o de proteção da privacidade. Cresce o número de pessoas que foram rejeitadas para um emprego por causa de seu perfil ou de comentários em redes sociais. A UIT sublinha a importância de o usuário poder apagar seu histórico nas redes sociais. O big data é importante para a inovação, mas a UIT adverte para riscos potenciais com o dramático aumento da coleta e armazenamento de dados, incluindo os pessoais. (Valor Econômico)

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