A Vale iniciou neste ano os primeiros testes com o simulador de recuperadora de roda de caçambas, tecnologia inédita em todo o mundo que reproduz, em ambiente 3D e de forma detalhada, o processo de recuperação dos granéis sólidos. O processo é feito, na prática, pelas máquinas instaladas no pátio de estocagem do Porto de Tubarão, modal portuário da empresa localizado em Vitória (ES). Desenvolvido em parceria com a americana GlobalSim, o simulador tem como objetivo capacitar profissionais para atuar na operação desse tipo de equipamento. Os investimentos são da ordem de R$ 3 milhões e a previsão é de que a tecnologia já esteja disponível para uso nos terminais portuários da Vale em todo o mundo a partir de 2012. Em uma cabine totalmente adaptada, o software simula a recuperação de minério de ferro, carvão e pelotas em diferentes cenários que envolvem desde condições adversas de clima, como chuva ou vento fortes, até restrições ou defeitos na recuperadora. O simulador considera ainda, num ambiente de realidade virtual, todas as características das recuperadoras, como velocidade dos movimentos de giro, elevação e translação. O software possibilita também a operação de duas máquinas em uma mesma pilha de granéis, bem como a execução de alarmes e de sobrecargas em função do tipo de operação desenvolvida pelo aluno. Para garantir que as ações executadas pelo simulador de recuperadoras sejam o mais próximo possível da realidade, outra inovação incorporada ao equipamento foi a modelagem matemática de todos os produtos manuseados nos pátios da Vale, como minério de ferro, pelotas, carvão e coque. As recuperadoras de roda de caçamba, que chegam a medir 39 metros de altura, são máquinas utilizadas na operação de recuperação de granéis sólidos nos pátios das minas e nos demais terminais portuários da Vale. Além de simular a operação das recuperadoras, o software mostra, com riqueza de detalhes, toda a área do pátio de estocagem do Porto de Tubarão, o maior exportador de minério de ferro e pelotas do mundo. Nas demais áreas operacionais da Vale onde a ferramenta será aplicada, serão empregados os cenários dos seus respectivos pátios, para que o aluno visualize na cabine de simulação a mesma imagem que tem quando está operando a máquina real. Além do simulador de recuperadora, outras ferramentas voltadas à capacitação de mão de obra fazem parte dos investimentos da Vale na área de inovação e desenvolvimento logístico. O simulador de caminhão fora de estrada simula a operação dos gigantes caminhões fora de estrada que atuam nas minas da Vale. O simulador de trens reproduz o dia a dia das operações ferroviárias. Para simular a operação de locomotivas de forma cada vez mais próxima à realidade, a Vale iniciou os testes com um novo simulador, desenvolvido em parceria com a Escola Politécnica da USP. Em funcionamento no Centro de Engenharia, em Vitória (ES), o equipamento recebeu investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões. A empresa desenvolveu também o helper dinâmico. No sistema, o alinhamento dos engates entre locomotiva e vagões é feito por sinal a laser. O helper aguarda a chegada do trem em um pátio de apoio à linha principal. Quando a composição se aproxima, o helper “persegue” o trem na linha, eles sincronizam as velocidades e acontece o engate com o trem em movimento. Como o comando é automático, o maquinista acompanha a operação, ao invés de fazê-la manualmente. Outra tecnologia desenvolvida é usada no mapeamento online, baseada no uso de um scanner a laser 3D, que fica instalado nos braços das máquinas de pátio. Esse scanner coleta as imagens e as envia a um servidor central que processa as informações de perfil e volume das pilhas. O sistema, então, gera as imagens em 3D e as envia para um computador no Centro de Controle Operacional do porto. O investimento para a implantação do projeto piloto e desenvolvimento da tecnologia é de R$ 500 mil. (Com informações da Vale)

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