Transformar água salgada, salobra ou oleosa na verdade água de qualquer qualidade ruim em energia e água potável já é uma realidade em fase de teste e que está prevista para chegar ao mercado em 2013. As primeiras turbinas deverão gerar um megawatt (MW) de energia. Em 2011, devem entrar no mercado os primeiros motores capazes de gerar energia elétrica a partir do etanol, sem qualquer tipo de aditivo. Essas são duas apostas inéditas no mundo, desenvolvidas pela Vale Soluções em Energia (VSE), empresa da Vale e do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES). Trata-se do investimento privado em tecnologias de geração limpa, mais eficiente e ambientalmente corretas, de menor porte, que servirão como alternativa ao sistema elétrico tradicional. Entre as razões, está a perspectiva de crescimento de 66% no consumo das empresas eletrointensivas até 2020, o que demandará investimentos de R$ 27 bilhões. Os dados foram levantados pela Abiape, entidade que reúne os autoprodutores de energia. Para Mário Menel, presidente da entidade, as pesquisas estão aumentando para compensar o custo da energia térmica, que será crescente. “É uma tendência, e no setor as coisas acontecem rapidamente”. Há alguns anos, a energia eólica era uma ficção e hoje já temos vários parques de geração no País. A VSE , em três anos de existência e com um orçamento de pesquisa de US$ 720 milhões entre 2008 e 2012, começa a se expor. A companhia, com 390 empregados, dos quais 260 engenheiros (60 com mestrado e doutorado), já investiu em dois anos US$ 340 milhões. Investimentos miram Copa do Mundo e Olimpíadas A empresa tem hoje oito motores a etanol em teste, que podem iluminar até 600 casas. O projeto é uma parceria com a Scania Motores, da Suécia. Em 2009, foi essa tecnologia que iluminou por 60 horas o Forte de Copacabana, quando o Comitê Olímpico Internacional visitou o Rio. Em outubro, eles vão participar do Salão do Automóvel, em São Paulo. “O mercado brasileiro é estimado em três mil unidades por ano”, afirma Celso Torii, diretor de vendas de motores para a Scania na América Latina. Já a transformação de água suja em energia está sendo testada nos laboratórios da empresa, em São José dos Campos (SP). O protótipo gera 50 quilowatts de energia, usando vinhoto e água salgada. A meta é atender a todo o País no futuro. “Temos toda a capacidade de gerar energia limpa e sustentável na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, mas também podemos atuar nos aquíferos salinos do nordeste, para irrigação ou ao longo das redes de gasoduto do País”, diz James Pessoa, presidente da VSE. (Fonte: O Globo)

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