Um novo sistema de monitoramento ambiental com sensores miniaturizados e veículos não tripuláveis será testado na Amazônia. Responsável pelo projeto, o pesquisador Paulo Antônio de Souza Junior, professor da Universidade da Tasmânia, na Austrália, avalia que a tecnologia poderá oferecer uma transformação da maneira como se faz monitoramento ambiental. A universidade australiana e o Instituto Tecnológico Vale assinaram um convênio em que se prevê investimentos de R$ 1,5 milhão no novo sistema. Segundo Souza Junior, os primeiros resultados poderão ser conhecidos em até dois anos. Segundo o professor, o novo sistema de monitoramento funciona como uma nuvem de pólen, com milhares de microssensores que caem sobre uma região para fazer medidas pontuais, como variações de temperatura, pH e gases. As medições poderão ocorrer até em áreas baixas, mesmo no meio aquático, e em copas de árvores. Vamos entender dinâmicas de pássaros, insetos e árvores com mais precisão, como nunca se fez antes. Outra aplicação do sistema seria o monitoramento, por exemplo, de uma região afetada por incêndios. Para o pesquisador, o monitoramento de colônias de insetos seria a principal aplicação da nova tecnologia no País. Os insetos poderiam trazer uma série de dados sobre mudanças do clima de forma indireta, porque são afetados de maneira muito clara pelas alterações climáticas. Seria algo fantástico, não temos nada parecido. O professor elogia a capacidade brasileira de sensoriamento remoto na Amazônia, feito por meio de satélites. O País não precisa de colaboração nesse sentido, o que trazemos é um complemento. Segundo ele, como o sensoriamento hoje não é feito 24 horas por dia e pode ser prejudicado quando há cobertura de nuvens, os sensores poderiam ser complementares. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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