Desenvolver uma célula a combustível alimentado por syngas (produzido pela gasificação de carvão) e criar uma forma de reaproveitar as cinzas geradas na produção de energia a partir do carvão mineral brasileiro. Esse são os dois desafios postados pelo Grupo Vamtec na Plataforma iTec. A empresa, que atua no desenvolvimento, produção e comercialização de materiais e serviços para a siderurgia, metalurgia, vidros e fundições, além de contar com frota especializada em transporte pressurizado e a granel, apresentou as duas demandas no Encontro iTec 2015, organizado pela Anpei e realizado nos dias 28 e 29/04, em São Paulo. Células a combustível são células eletroquímicas, nas quais são consumidos um agente redutor (combustível) e um agente oxidante (comburente), com o objetivo de gerar energia elétrica. Elas funcionam como baterias ou pilhas, mas diferentemente dessas, nelas agentes químicos são fornecidos e consumidos continuamente. A grande vantagem é que são altamente eficientes e pouco poluentes. O combustível mais usado é o hidrogênio, mas a Vamtec quer desenvolver uma que funcione com syngas. O segundo desafio, referente ao reaproveitamento das cinzas presentes no carvão mineral, é importante porque, segundo Pedro Nolasco, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Vamtec, o Brasil produz três milhões de toneladas deste produto por ano. O problema é que grande parte desse resíduo continua com disposição inadequada, colocada em cavas, aterros ou outras áreas, podendo causar sérios danos ambientais, como contaminação de águas do lençol freático e dos solos, explicou. Por isso, a empresa busca estudos de alternativas viáveis de caráter não somente científico, mas também comercial, para que toda a massa gerada de cinzas volantes provenientes de carvão mineral brasileiro seja utilizada na fabricação de produtos e evite o depósito desse resíduo em locais inadequados. Visamos à produção de produtos de valor agregado com as cinzas para comercialização, proporcionando também retorno social com geração de emprego e renda para a comunidade, disse Nolasco.

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