A empresa catarinense WEG, fabricante de motores e equipamentos para o setor de energia, está apostando no desenvolvimento do mercado de carros elétricos no Brasil. A empresa faz pesquisas e vai montar laboratório em Jaraguá do Sul (SC), onde fica sua matriz, com o objetivo de capacitar-se como fornecedora de sistemas de tração elétrica para veículos de passeio puramente elétricos e híbridos, aqueles equipados com dois motores: um elétrico e outro a combustão. Para dar fôlego ao projeto que pode contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional de carros elétricos, a WEG conseguiu apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco aprovou financiamento de R$ 7,5 milhões, por meio da linha de inovação tecnológica, para a empresa fazer pesquisa e desenvolvimento (P&D) na área de tração elétrica veicular. O sistema de tração elétrica inclui motores, geradores e inversores de frequência. O financiamento do banco corresponde a 62,3% do investimento total da WEG no projeto, que é de R$ 12 milhões. Leonardo Guimarães, gerente da área industrial do BNDES, disse que o financiamento à WEG tem juros de 4% ao ano e prazo total de 84 meses (sete anos), incluindo o período de carência para início dos pagamentos e a amortização. As atividades de pesquisa serão desenvolvidas em Jaraguá do Sul, mas segundo o BNDES também poderão ser executadas por parceiros tecnológicos como consultores, universidades ou institutos de pesquisa. A conclusão do projeto está prevista para dezembro de 2013. Segundo o banco, entre os méritos do projeto está o alto potencial de crescimento do mercado de veículos elétricos, com demanda nacional em nichos específicos. É a primeira vez que o BNDES financia projeto de pesquisa e desenvolvimento aplicado a um sistema nacional de tração elétrica para veículos. A WEG decidiu investir nesse mercado apesar das incertezas que cercam o carro elétrico no país, onde existe um forte concorrente: o carro flex, o qual ganhou espaço nos últimos anos na indústria automobilística e também em termos ambientais uma vez que o etanol é uma fonte de energia renovável. “A WEG decidiu apostar nesse mercado e aproveitar as oportunidades para introduzir uma tecnologia nacional de tração elétrica”, disse ao Valor o diretor-superintendente da WEG Automação, Umberto Gobbato. O setor de automação é uma das cinco unidades de negócios da WEG. Gobbato afirmou que foi o desenvolvimento da tração elétrica para carros de passeio que motivou o pedido de financiamento ao BNDES. O empréstimo está em fase de contratação. (Com informações do jornal Valor Econômico)

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