O MCTI e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) começaram a avaliar os desafios do processo de absorção e transferência de tecnologia do projeto de implantação do Trem de Alta Velocidade (TAV), que irá operar no trecho entre os municípios de São Paulo, Campinas (SP) e Rio de Janeiro. Pesquisadores e especialistas de 12 instituições passaram o dia reunidos no Instituto de Pesquisa Energéticas (Ipen/MCTI), em São Paulo, identificando e debatendo aspectos relacionados aos três focos tecnológicos previstos no edital da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT): sistema de eletrificação; sistema de sinalização e controle para uma rede de pesquisa do Brasil; e material rodante. O foco do MCTI, em parceria com a EPL, é estimular o intercâmbio de conhecimento entre cientistas, pesquisadores e instituições nacionais, para estabelecermos as especificações necessárias para que o processo de transferência tecnológica do TAV seja o mais eficiente possível para o futuro do setor, disse o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Alvaro Prata. A abordagem restringe-se ao TAV do trilho para cima. Todo o processo de estudo para a estrutura do trem do trilho para baixo será conduzido pela EPL. O edital da ANTT estabelece que a transferência tecnológica aconteça ao longo de nove anos, sendo que o início deve ocorrer quatro anos antes de o TAV começar a circular e terminar cinco anos depois. O processo completo está previsto para terminar em 2025. Segundo Prata, os dois anos para preparação dos contratos de licitação, estabelecidos pelo edital, serão suficientes. É certo que vamos estabelecer as condições para que a transferência tecnológica e a absorção aconteçam de fato, e não sejam só um conjunto de plantas ou um conjunto de informação. Os aspectos técnicos mais críticos foram mencionados considerando o fato de que muitos dos laboratórios brasileiros ainda não estão equipados para medições, avaliações e estudos ligados às faixas de operação típicas de um TAV. Estamos falando de veículos que andam numa velocidade acima de 350 km/hora. Nós temos qualificação e recursos humanos para lidar com outra situação, muito mais associada às demandas dos metrôs e dos sistemas ferroviários mais convencionais. Então, nós precisamos nos qualificar em função de equipamento, de instalações e também em termos de recursos humanos, disse Alvaro Prata. Estamos ouvindo os especialistas para que eles possam nos apontar direções e formar um grupo de trabalho. Precisamos conhecer profundamente os detalhes do projeto e suas demandas científicas para elaborarmos os termos para a negociação da transferência tecnológica prevista no edital, que deve definir o consórcio vencedor até fevereiro de 2014, observou o secretário. O titular do Setec lembra que cabe ao MCTI qualificar o país científica e tecnologicamente para o desenvolvimento de projetos dessa natureza. Do ponto de vista tecnológico temos a certeza de que vamos estar preparados para o TAV. (Com informações do MCTI)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.