14/06/2018
A premiação – que acontecerá em Viena, na Áustria, no dia 6 de novembro de 2018, juntamente com a Conferência Global de Química Verde – é um reconhecimento da entidade e dos governos da Áustria, Alemanha e Suíça a empresas que empregam, produzem ou vendem produtos químicos segundo este novo modelo de negócios.
Orientado ao comércio e emprego de produtos químicos, o chemical leasing muda o objetivo da venda de produtos químicos da quantidade para o pleno atendimento às necessidades do cliente, minimizando desperdícios, perdas e resíduos. Exemplos em mais de 15 países demonstram que a estratégia resulta em uma relação ganha-ganha para o consumidor e o fornecedor, ao mesmo tempo que reduz os impactos dos produtos químicos no meio ambiente e na saúde humana.
Orientado ao comércio e emprego de produtos químicos, o chemical leasing transfere o objetivo de vender maiores quantidades de produtos para o pleno atendimento às necessidades do cliente, minimizando desperdícios, perdas e resíduos. Exemplos em mais de 15 países demonstram que a estratégia resulta em uma relação ganha-ganha para o consumidor e o fornecedor, ao mesmo tempo que reduz os impactos dos produtos químicos no meio ambiente e na saúde humana.
A representante da UNIDO, Ana Maria Oestreich, apresentou casos de sucesso de chemical leasing, como o exemplo de uma empresa química da Alemanha que vendia 100 toneladas de solvente e, com o novo modelo de negócio, dobrou seu faturamento passando a vender apenas 60 toneladas do mesmo produto na forma de resultado para o cliente. Também foi mostrado o caso brasileiro que recebeu medalha de ouro na edição de 2014 do prêmio, implementado pela empresa Ecolab no Hotel Windsor Atlântica. Contratando o serviço de chemical leasing, esta unidade do hotel com 558 apartamentos obteve resultados esperados de alto padrão de limpeza consumindo menos que a metade dos produtos químicos que sua outra unidade, na Barra da Tijuca, com 338 apartamentos e menor taxa de ocupação. “Além destes resultados, o serviço trouxe benefícios indiretos como a economia pela reciclagem de águas da lavanderia e a redução da exposição dos trabalhadores a produtos químicos”, relatou Ana Oestreich.
A representante da UNIDO também mostrou orientações importantes para os interessados em concorrer ao prêmio. A premiação contempla três categoras: 1) estudos de caso, para consumidores e fornecedores com implementação de chemical leasing em andamento ou finalizada; 2) prêmio especial para inovação, para experiências de empresas (inclusive start-ups) ou planos de negócio implementados com soluções técnicas inovadoras; 3) prêmio para pesquisa, para a academia ou empresas com departamento de P&D, por inovação e desenvolvimento de atividades resultantes de novos produtos, publicações e patentes. Os formulários e informações gerais sobre o prêmio estão na página www.chemicalleasing.org.
O especialista em gestão ambiental do Instituto Senai de Tecnologia Ambiental, Luiz Eduardo São Thiago, por sua vez, apresentou a visão da sua instituição, que esteve presente no desenvolvimento das três iniciativas brasileiras já premiadas. Ele destacou que o Senai e o Sistema Firjan reforçam a importância de o setor industrial adotar o chemical leasing, como forma de perpetuar o compromisso da sustentabilidade.
A analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Thaianne Resende Henriques Fábio, por sua vez, manifestou a intenção de o MMA adotar o chemical leasing como estratégia nacional. Já o Representante da UFRJ na Comissão Nacional de Segurança Química (Conasq/MMA), Newton Richa, lembrou que a poluição química é a maior causa ambiental de morte
prematura, sendo que 92% dessas mortes em países de baixa e média renda. Richa defendeu o modelo do chemical leasingcomo forma de prevenir doenças ocupacionais por exposição prolongada a produtos químicos, eliminar a vinculação do lucro das empresas à quantidade comercializada desses produtos, além de desenvolver a cultura de Segurança Química, que reduz danos às pessoas e ao ambiente.
(INT)