Inovação pode ajudar Nordeste a crescer economicamente
Para que as empresas cresçam, ganhem mercados e ampliem sua competitividade, elas precisam investir em inovação, enfatiza Secretário de C,T&I da Bahia.
A região Nordeste tem o grande desafio de crescer economicamente, para que o Brasil seja um país mais igualitário, e a inovação tecnológica é um dos principais vetores para que isso aconteça. A opinião é do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Ildes Ferreira. Falando especificamente de seu estado, ele diz que a inovação tecnológica é de extrema importância para que as empresas baianas cresçam, ganhem mercados e ampliem sua competitividade, para que assim possam gerar empregos com maior valor agregado. Para Ferreira, os empresários da Bahia e do Nordeste, de uma forma geral, precisam entender que é por meio da inovação que eles podem melhorar seus produtos e serviços. Por isso, ele acredita que a realização da VII Conferência Anpei em Salvador será uma oportunidade para que todos possam ficar bem contextualizados em relação às novidades nesta área.
Na entrevista abaixo, o secretário detalha essas e outras idéias.
Qual a importância da inovação tecnológica para a Bahia, em particular, e para a região Nordeste, em geral?
Historicamente, o desenvolvimento do país sempre esteve focado nas regiões Sul e Sudeste, ficando as demais regiões carentes de investimentos, principalmente em infra-estrutura para pesquisa e desenvolvimento (P&D). Isso acabou refletindo na concentração de grandes empresas nessas duas regiões, ficando o Nordeste comprometido em sua base industrial e empresarial. Para revertermos este quadro, é necessário que sejam formuladas políticas públicas que direcionem investimentos para regiões que até então tem sido menos favorecidas, sendo que o incentivo à inovação tecnológica nas empresas deve ser um dos principais focos de atuação dessas políticas. Na Bahia, a inovação tecnológica é de extrema importância para que nossas empresas cresçam, ganhem mercados e ampliem sua competitividade, para que assim possam gerar empregos com maior valor agregado. Numa visão mais ampla, a região Nordeste tem o grande desafio de crescer economicamente, para que o Brasil seja um país mais igualitário, e a inovação tecnológica é um dos principais vetores para que isso aconteça.
Como se dá a atuação da Secti no estímulo à inovação?
Acabamos de garantir, através da Fapesb, nossa participação no Programa de Apoio à Pesquisa nas Empresas (Pappe Subvenção), numa parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Governo Federal. Este programa direcionará na Bahia cerca de R$ 30 milhões para projetos de inovação em micro e pequenas empresas durante três anos. Outro instrumento disponível na Bahia é o Consórcio Juro Zero, também em parceria com o Governo Federal. Este programa conta com a participação do Sebrae e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e disponibiliza financiamentos sem juros para que micro e pequenas empresas possam investir em desenvolvimento tecnológico. Além disso, também contamos com o Bônus Metrologia, que facilita o acesso das empresas a serviços metrológicos, a exemplo da calibragem de equipamentos e de análises, testes e ensaios de produtos. Porém estamos em contato com a base empresarial do Estado da Bahia para que possamos ouvir suas demandas com a finalidade de formular novos programas que atuem na área da inovação.
Quais são suas expectativas com VII Conferência Anpei em relação à inovação na Bahia e no Nordeste?
Os empresários da Bahia e do Nordeste, de uma forma geral, precisam entender que é através da inovação que eles podem melhorar seus produtos e serviços. A realização da VII Conferência Anpei aqui em Salvador será uma oportunidade para que todos possam ficar bem contextualizados em relação às novidades nesta área. Não basta os governos se mobilizarem para fomentar a inovação. Do outro lado, os empresários, principalmente os micro e pequenos, precisam estar articulados para poder participar deste movimento e levar a inovação para dentro de suas empresas. Dessa forma, ganham as empresas, que terão melhores produtos, os empregados, que terão melhor qualificação, e o Estado como um todo, que terá empresas mais fortes, gerando empregos com maior valor agregado e dinamizando a economia.