Eletrobrás vai mostrar projetos inovadores na Conferência Anpei
Um avião não tripulado para fazer inspeção em linhas de transmissão de eletricidade, uma turbina e uma caldeira de pequenos portes para a geração de energia para comunidade isoladas e a criação de um centro de ensaios não destrutivos de materiais. Esses são alguns dos projetos que a Eletrobrás irá apresentar durante a VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada em Salvador, de 4 a 6 de junho. Assim como ocorreu no ano passado, a empresa de energia realizará workshop, dentro do evento da Anpei, sobre inovação nas companhias que fazem parte do grupo.
Uma delas é a Eletronorte, que está desenvolvendo o avião para inspeção de linhas de transmissão, em parceria da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R). O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Eletronorte, Luís Cláudio Silva Frade, destaca o caráter inovador desse projeto. “Antes fazíamos as inspeções com pessoas e agora vamos realizar com uma aeronave não tripulada”, diz. A vantagem disso é que o trabalho se torna mais rápido e mais seguro. De acordo com Frade, o avião deverá estar pronto para uso dentro de 18 meses.
Também em desenvolvimento está a caldeira multicombustível em leito fluidizado borbulhante, nome técnico de um gerador para usina termelétrica, que pode usar vários tipos de combustíveis para funcionar, como biomassa, diesel ou gás. O projeto vem sendo tocado pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), outra subsidiária da Eletrobrás, e deverá estar concluído no final de 2008. Já pronta está a turbina hidrocinética para pequenas quedas d’água, feita em parceira pela Eletronorte e a Universidade de Brasília (UnB). O centro de ensaios não destrutivos, criado pela Eletronuclear, também já está em funcionamento.
Segundo Frade, inovar é uma necessidade para as empresas do grupo Eletrobrás. “Hoje os processos de geração e transmissão de energia precisam ser constantemente modernizados para não ficar desatualizados”, explica. “Por isso, investimos muito em pesquisa, desenvolvimento e inovação. De 2001 até o final de 2006 foi cerca de R$ 1 bilhão para esse fim.” Para coordenar todos os projetos e investimentos na área, a Eletrobrás criou, em 2003, o Comitê de Integração Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CICOP). Todas as ações do grupo em pesquisa, desenvolvimento e gestão tecnológicos e inovação passam por esse comitê.