Especialista analisa “emergentes” no mercado de TI
A tecnologia está encolhendo, em termos de tamanho. O mundo também – logicamente não em termos de tamanho, mas no sentido figurado, do tempo em que as distâncias são percorridas. Mas, e a divisão digital? O uso de internet, computadores pessoais, banda larga, programas, redes e equipamentos sem fio continuam a crescer intensamente no mundo em desenvolvimento. “Dentro das nações mais abaixo no ranking, clusters de sociedades da informação estão se ampliando”, disse Stephen Minton, vice-presidente da International Data Corporation (IDC), empresa americana que analisa o mercado de tecnologia da informação e comunicação, durante a palestra magna “Competitividade tecnológica nos países emergentes”, proferida nesta segunda-feira, dia 4, primeiro dia da VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica que está sendo realizada em Salvador, Bahia.
Planeta encolhendo e divisão digital significam transformação na inovação e na indústria global de tecnologia da informação como um todo. Brasil, Índia e China atraem os olhares de empresas que pretendem expandir seus negócios nessa área. A Índia, 51° lugar do Índice de Sociedades da Informação da IDC, exibe notável progresso e está se tornando uma fonte de inovação cada vez maior. A China emerge como uma locomotiva econômica do século XXI, embora a divisão interna continue imensa. O Brasil mostra um rápido ritmo de crescimento em tecnologia da informação, apesar de ainda ser muito concentrado regionalmente.
Essas três nações fazem também parte do grupo de países com mercado jovem, onde se gasta menos de US$ 100 per capita com bens de informática e comunicações, que respondem por uma parcela de 11% do comércio global. Imaturos, trazem embutidos grandes possibilidades de crescimento. “Os jovens são os que vão crescer mais”, afirma Minton. O mercado mundial de tecnologia da informação movimentou US$ 1,1 trilhão em 2006, e deve crescer 6,8% neste ano.