O primeiro prédio do parque tecnológico CTI-Tec, construído no campus do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI/MCTI), em Campinas (SP), foi inaugurado no dia 14 de março. Ele abrigará escritórios de administração e gestão do parque tecnológico e laboratórios de empresas interessadas em se aproximar das instituições de pesquisa e desenvolvimento (P&D) instaladas na região, por meio do compartilhamento de infraestrutura, conhecimento, tecnologia e serviços. Erguido em 18 meses, o prédio de 1,8 mil metros quadrados (m²) recebeu, até o momento, investimentos de R$ 3,1 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI). Chamada pública Um edital previsto para este semestre irá selecionar as primeiras empresas a alocar seus laboratórios de pesquisa no CTI-Tec. A chamada pública será destinada a companhias que atuem na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação (TICs) ou outras vocações compatíveis com o CTI. Segundo o diretor do CTI, Victor Mammana, já existe bastante interesse pela convocatória. “A gente tem recebido muitas empresas em busca de mais detalhes. O edital está pronto para ser colocado na rua em breve e, portanto, com a possibilidade de as empresas poderem ocupar o espaço já neste ano, no segundo semestre”. O primeiro prédio do CTI-Tec divide-se por 16 módulos-padrão e oito módulos com pé direito dobrado (distância maior do pavimento ao teto). Cada empresa poderá se candidatar a ocupar até seis módulos de 48 m². Deste modo, o edifício inaugural tem espaço para abrigar de três a 24 companhias. O edital deve estipular o período de três anos, renováveis por mais três, para os laboratórios coorporativos permanecerem no local. Terminado o prazo, uma segunda prorrogação seria possível por meio de nova chamada pública. Projeto A primeira fase do CTI-Tec prevê a construção de mais dois prédios semelhantes ao inaugurado neste sábado, cada um também com 24 módulos para aluguel. O segundo edifício já conta com recursos da Finep e deve começar a ser feito neste ano. Um plano urbanístico realizado pelo CTI Renato Archer, em 2013, aponta um potencial construtivo de até 153 mil m², o que envolveria, além do CTI-Tec, espaços para outras entidades, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo (IFSP), que provisoriamente ocupa salas do CTI Renato Archer. Segundo o coordenador do CTI-Tec, Thebano Santos, o plano urbanístico envolve agências bancárias, bibliotecas, um centro de conferências, companhias de logística e entreposto aduaneiro. “O primeiro prédio terá espaço apenas para laboratórios, mas, no segundo, as empresas poderão se instalar com CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica]. A ideia é que haja essa sinergia, de modo que a pesquisa fique mais barata para a empresa”, explicou. “No terceiro edifício, a gente aceitaria incubação de empresas. Em Campinas, existem muitas incubadoras. Queremos abrigar negócios novos que, por enquanto, não têm para onde ir”. O ecossistema que se estrutura em torno do CTI Renato Archer deve compor um Complexo Tecnológico Educacional (CTE), voltado à interação com a cadeia produtiva regional e nacional, à formação de profissionais na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e ao atendimento de demandas sociais. O CTE articulará o CTI ao CTI-Tec, ao Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), à Facti e à IFSP, todos dentro do campus, que deve receber, futuramente, a Escola Criativa Tecnológica Social, destinada à comunidade local. “A inovação, muitas vezes, tem como objetivo melhorar os serviços públicos e resolver os desafios de saúde, educação, transporte, moradia ou outras tecnologias voltadas para os problemas sociais do nosso País, que é rico e cheio de virtudes, mas ainda desigual”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, presente à cerimônia. (MCTI)
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