Anpei pode ajudar empresas a se inserir no mercado internacional
O papel da Anpei na estratégia de inserção internacional das empresas inovadoras foi o tema da palestra proferida por um de seus diretores, Flávio Grynszpan, ontem (05) à tarde, durante VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que está sendo realizada em Salvador, Bahia. Ele citou cinco ações que a Associação pode realizar para ajudar as empresas nacionais a se colocarem no mercado internacional: melhorar a imagem do Brasil no exterior; promover a atração para o País de empresas globais com atividades de P&D; fortalecer as subsidiárias brasileiras das multinacionais para fazer do Brasil um centro de P&D cada vez mais importante; apoiar as empresas inovadoras brasileiras que já são globais e as que estão em seu processo de globalização.
Grynszpan lembrou que firmas inseridas no comércio internacional são 1,7 vezes mais produtivas que as que trabalham apenas com a economia doméstica. O Brasil ainda não se beneficia plenamente disso, no entanto, porque apresenta alguns problemas para se inserir na economia internacional. “Somos tardios, com pouca experiência no mercado mundial e limitada reputação internacional”, disse o diretor da Anpei. “Estamos avançando, mas nossos competidores avançam mais rapidamente e novos países concorrentes, com custos de mão de obra cada vez menores, oferecem novas tecnologias. Além disso, temos de enfrentar a concorrência da China e da Índia.”
De acordo com Grynszpan, a exportação obriga a empresa a concorrer em mercados mais exigentes e a diferenciar e melhorar o produto exportado. Por isso, incentivar a inovação implica em incentivar a exportação. Segundo ele, há algumas medidas que o Brasil poderia adotar para conquistar o mercado externo, como apostar em nichos, vendendo serviços e produtos que os países competidores não sabem fazer ou que as empresas brasileiras fazem melhor, incluindo alguma qualidade especial ou diferenciada.