Inovação empresarial e inteligência competitiva tecnológica: novas metas para o mercado.
Estruturação de um sistema interno de inovação na empresa, inteligência competitiva tecnológica e um modelo de parcerias múltiplas para captura de oportunidades tecnológicas foram os temas dos cases de sucesso apresentados por profissionais das empresas Natura, Embraer e Braskem, respectivamente. A exposição ocorreu nesta terça-feira, segundo dia da VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que está sendo realizada em Salvador, Bahia.
Bem estar, responsabilidade social e utilização de matéria prima biodegradável. Esta é a receita para o sucesso adquirido pela empresa líder do mercado de cosméticos. Criada há 38 anos, a Natura aposta no desenvolvimento de seus produtos e embalagens com o uso de materiais que não agridem a natureza, além de investir em um programa de incentivo à pesquisa.
“Aprendemos a valorizar os nossos recursos naturais, e agora investimos em tecnologia na substituição de matérias primas sólidas para os produtos biodegradáveis”, afirmou a representante da Natura na Conferência Anpei, Sonia Tuccori, fazendo referencia às novas embalagens dos cosméticos, que agora são confeccionadas com material reciclável. Além disso, as embalagens contam com uma tabela ambiental, em que o consumidor pode acompanhar quais materiais biodegradáveis estão sendo utilizados naquele produto. “É uma maneira de ganharmos a confiança dos nossos clientes, mostrando o nosso interesse com o meio ambiente”, diz.
Organização acima de tudo – Essa é a proposta da Embraer. A empresa conta com dois ambientes voltados à pesquisa: o competitivo de P&D, onde são desenvolvidos os produtos; e o competitivo tecnológico, onde ocorre a validação e a disponibilização da tecnologia projetada. A partir de uma preocupação com as demandas em tecnologias desenvolvidas, a gerência de inteligência de tecnologias da Embraer resolveu criar uma estruturação de inteligência, “para que, assim, pudéssemos organizar nossas áreas e profissionais na execução das demandas dos nossos clientes. Funcionamos como um centro de pesquisa”, afirma Luciano Pedrote, gerente de inteligência de tecnologias da Embraer. “Para a empresa, a estruturação para o desenvolvimento tecnológico e inovação é a principal preocupação atual”, acrescenta.
Já a Braskem apresentou um produto que traz excelência para área de pesquisa da unidade industrial da empresa localizada na Bahia. Através de uma parceria com a Fundação de Amparo a Pesquisa local (Fapesb), conseguiu desenvolver uma fibra de alta resistência e qualidade. A fibra de UTEC pode ser utilizada em cordas, coletes à prova de balas e blingadem de veículos.
“Por meio de modificações no polímero da fibra, foi possível adquirir uma substância mais resistente”, afirma Alan Kardec do Nascimento, químico e especialista em processos de polimerização. Para que esse projeto fosse possível, a Braskem contou com um investimento de R$ 995 mil, vindos da Fapesb.