Sabó e Embafort mostram a inovação como base para a internacionalização
Nesta terça-feira (05) os participantes da VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica puderam conhecer um pouco mais sobre dois casos de sucesso de empresas brasileiras que atuam de maneira categórica no exterior.
Os representantes da Embafort e Sabó demonstraram, no evento que se realiza em Salvador, Bahia, que é possível desenvolver pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil e obter resultados expressivos fora do país. Eles dividiram o painel com o pesquisador sueco Gunnar Edwall, que mostrou a evolução da telecom Ericsson.
Com uma política voltada para o ecobussines, a Embafort, sediada em Curitiba (PR), desenvolve embalagens industriais com alto valor agregado e exporta cerca de 90% de sua produção. Ativo defensor da preservação ambiental, Humberto Cabral, diz que sua empresa transforma passivo ambiental em ativo econômico.
Esta fórmula simples, mas cheia de design e tecnologia, está fazendo com que a Embrafort consiga vantagens competitivas para seus clientes e que seja reconhecida mundialmente.
A empresa também desenvolve um amplo projeto de educação de seus funcionários. Por isso, Humberto Cabral acredita que a empresa inovadora não deve ter hierarquia e sim foco no planejamento.
Pensando no futuro, a empresa está desenvolvendo pesquisas para o tratamento de metais pesados e mantém um projeto de produção de brinquedos. A política de inovação aliada à gestão moderna fez com que a Embrafort preservasse até hoje mais de um milhão de árvores.
Sabó
Uma das empresas brasileiras com maior pujança no mercado mundial, a Sabó passou por vários processos de compras internacionais e é um exemplo de organização expancionista.
Com dois centros de pesquisa e fábricas no Brasil, Alemanha, Hungria, Argentina e Estados Unidos, a Sabó desenvolve know-how na área de peças automotoras e cada vez procura ser líder de mercado no setor.
Para o gerente de Novas Tecnologias, Roberto Kenji, a união de vários fatores gera resultados concretos. Este resultados, são prêmios e o reconhecimento de indústrias que procuraram a empresa para o desenvolvimento de pesquisas.
Segundo Roberto Kenji, a Sabó desenvolve cerca de 300 novos produtos por ano e foi a primeira no mundo a adotar o sistema de injeção na produção de retentores. Ele disse que este trabalho é fruto do amadurecimento, de um grande foco no processo e dos investimentos em pesquisa.