Criado Programa de Propriedade Intelectual para a Indústria
Foi assinado, no dia 26, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, um convênio para criação do Programa de Propriedade Intelectual para a Indústria. O Programa será desenvolvido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Por meio desse projeto, serão implantados, a partir do próximo ano, núcleos de atendimentos ao setor industrial em vários Estados. Nesses locais, técnicos do Senai e do IEL darão suporte a empresas com relação ao uso dos instrumentos de proteção e gestão da propriedade industrial. Nesses núcleos, os empresários terão informações sobre patentes já registradas, viabilidade de investimentos em inovação e os procedimentos para o registro de marcas e patentes.
Segundo o presidente do INPI, Roberto Jaguaribe, embora o Instituto tenha se reestruturado para tornar mais ágil o sistema de registro de marcas e concessão de patentes, isso não será suficiente para aumentar os pedidos, porque ainda falta percepção das empresas brasileiras sobre a importância da propriedade industrial. Hoje, 90% das empresas que fazem registro de marcas e patentes no Brasil são estrangeiras. “Houve uma demora no estímulo à cultura de inovação no país. Agora, as empresas precisam entender a propriedade industrial como um instrumento de competitividade para os negócios”, disse.
Em 2005, as empresas que atuam no Brasil pediram pouco mais de 21 mil patentes. O país perde de longe para nações como Japão, que em 2004 obteve mais de 420 mil pedidos, os Estados Unidos, que teve 357 mil pedidos, e China, que ultrapassou a marca das 130 mil solicitações.
O programa – Na primeira etapa, o INPI realizará um curso, no Rio de Janeiro, para 40 técnicos de departamentos regionais do Senai e 40 técnicos de núcleos regionais do IEL para fornecer noções básicas sobre propriedade intelectual. Na segunda fase, os profissionais do Senai serão capacitados a usar as informações de bases patentárias de forma estratégica, bem como aprender a monitorar avanços tecnológicos registrados nessas bases para auxiliar empresas na inovação de produtos e processos, de forma mais rápida e econômica.
Para isso, o Programa prevê ainda a implantação, nos Núcleos de Informação Tecnológica do Senai, de 20 unidades, com infra-estrutura computacional adequada e dedicada à busca em bancos de dados de patentes. Técnicos do INPI capacitarão profissionais do Senai no uso dessa ferramenta, que agregará valor ao serviço já prestado as empresa. Os profissionais do IEL serão capacitados a dar o suporte a empresas do uso da propriedade intelectual na estratégia de negócios.
No âmbito da educação, também serão produzidos kits com noções de propriedade intelectual para os professores do Senai e cartilhas com informações de propriedade para serem distribuídas a alunos do Senai e empresários, podendo atingir mais de 60 mil multiplicadores em todo o país.
Mais informações: www.inpi.gov.br