O Brasil subiu cinco posições neste ano no ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e entrou pela primeira vez no grupo das 50 economias mais competitivas do mundo. O Brasil figura agora na 48ª posição num ranking com 144 países. Este é o segundo ano seguido de melhora na classificação brasileira. Em 2011, o Brasil também havia subido cinco posições. O Relatório Global de Competitividade identifica avanços no quadro macroeconômico, no ambiente de negócios associado à expansão do mercado interno, no acesso ao crédito, entre outros pontos que ajudaram na melhor classificação brasileira. Nessa edição, o Brasil foi mais bem avaliado e ganhou posições em áreas importantes, uma delas a da eficiência do mercado de trabalho, que trata dos custos de demissão e contratação, por exemplo. Nesse quesito, o Brasil saltou 14 posições. Outra melhora se deu no campo chamado de eficiência do mercado de bens, que reúne informações impressões sobre a burocracia para se abrir uma empresa e também sobre benefícios, como as desonerações, a alguns setores. Nesse indicador, o Brasil ganhou nove posições. Entre as áreas nas quais houve recuo está a da inovação, um dos pilares do ranking. O Brasil perdeu cinco posições, caindo do 44º para o 49º lugar. Esse resultado foi puxado principalmente pelo indicador que mede a disponibilidade de engenheiros e cientistas no país. Nesse critério especificamente, o Brasil perdeu 22 posições – em 2011, já tinha caído 23. No item educação superior e formação técnica, houve também uma piora e a perda de nove posições no ranking. Outros gargalos antigos da economia brasileira continuam aparecendo como obstáculos para a competitividade do Brasil em relação a outros países. Entre esses problemas está a qualidade da educação de modo geral – indicador no qual o Brasil aparece na parte inferior do ranking em 116ª posição. Outra variável cujo desempenho brasileiro é avaliado como muito ruim é o do volume de impostos como limitador ao trabalho e aos investimentos. Entre 144 países do ranking, o Brasil é o último nesse critério. Na comparação com os países dos chamados Brics, o Brasil foi o único que subiu no ranking de competitividade neste ano. A China, segunda maior economia do mundo, perdeu três posições, ficando em 29º lugar. Os demais estão todos atrás do Brasil. A Rússia desceu um degrau ficando na 66ª posição, a índia desceu três, ficando na 59ª, e a África do Sul desceu dois, ficando em 52º lugar. O relatório completo pode ser acessado em http://www.weforum.org/gcr. (Com informações do Valor Econômico)
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