O Brasil apresenta avanços significativos na área da inovação, quando comparado a outros países da América Latina e do Caribe, disse no 26º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no país, Daniela Carrera-Marquis. De acordo com ela, isso tem a ver com a capacitação dos trabalhadores, dentro das empresas, além dos incentivos em infraestrutura. O fórum é promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae). O elevado índice de urbanização, estimado entre 75% e 80%, e o fato de haver cerca de 65% de concentração de valor agregado na indústria de serviços tornam a América Latina e o Caribe, e por extensão o Brasil, ambientes propícios ao desenvolvimento de centros de inovação. O BID apurou que o investimento, tanto público, como privado, ainda é reduzido na região. Existe ainda, de acordo com o banco, pouco vínculo entre as inovações científicas e a capacidade dessas inovações prestarem serviços à sociedade, usando os recursos das empresas privadas para ter uma escala maior, que permita a utilização dos desenvolvimentos científicos para poder obter bons resultados nos desafios dos problemas sociais e econômicos da região. Há também, apontou Daniela, muito espaço para melhorar o campo da educação superior. No caso específico do Brasil, ela destacou que o elemento mais importante é o fator humano e não a falta de recursos. Daniela informou que em torno de 80% das empresas da região são de pequeno e médio porte. Portanto, não têm acesso a capital técnico, financeiro e humano para sustentar seus processos de inovação. Outro fator relevante para a inovação é o acesso à informação. O Brasil é um exemplo de bons resultados. A participação do setor privado, em termos de recursos para inovação, porém, ainda é moderado, frisou Daniela Carrera-Marquis. (Agência Brasil)
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