07/11/2017
O conhecimento é o maior insumo do século 21. É ele que vai determinar o sucesso de um profissional, uma empresa, um setor da economia ou mesmo de um país inteiro. E o maior centro de distribuição de conhecimento continua nas escolas – ainda que elas estejam em transformação e não se pareçam mais com as antigas salas de aula previsíveis do século passado.
Quando o assunto é tecnologia aplicada à educação, o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) são pioneiros na formação dos profissionais do futuro. As duas entidades colocam os jovens em contato com a tecnologia desde cedo e contribuem com a formação de adultos mais conectados à inovação. Também oferecem atualização para quem já está no mercado e precisa adquirir novas competências.
O SENAI aposta em conteúdos voltados para a indústria 4.0. Entre as iniciativas estão o curso Inspirar, Transformar e Aprender – a Educação para a Indústria Avançada, desenvolvido pelo SENAI Nacional em parceria com a unidade de Santa Catarina e voltado para o corpo docente da rede. Além disso, a instituição vai oferecer quatro cursos que terão foco na exploração do big data e da internet das coisas.
“A educação profissional precisa seguir as inovações tecnológicas e o mapa do emprego industrial. Para isso, acompanhamos as mudanças da indústria, como inteligência artificial, big data, nanotecnologia, indústria aditiva e realidade aumentada”, afirma Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI e diretor de educação e tecnologia da CNI.
“Já temos os primeiros cursos para formar técnicos da ciência de dados.” Já o SESI mantém aulas de robótica no currículo de 400 de suas escolas de ensino médio e fundamental. Há cinco anos, organiza um Torneio de Robótica para estudantes de 9 a 16 anos, de escolas públicas e particulares, desafiados a criar soluções inovadoras e construir robôs com peças de Lego.
“Desde 2009 a robótica é uma pedra angular do nosso sistema educacional”, explica Marcos Tadeu, diretor de operações do SESI. “Geramos competências importantes para a vida pessoal e profissional desses jovens, como comunicação, liderança, ética e trabalho em equipe.” O último torneio contou com 7 000 alunos – 780 equipes de 24 estados. Entre os vencedores, 29 foram classificados em competições internacionais e 20 foram premiados. É a prova de que o trabalho é reconhecido até no exterior.
(Exame)