A Câmara dos Deputados realizou no dia 29 de abril o seminário “Brasil Novo”, com o objetivo de discutir as perspectivas da economia brasileira na agenda política. Durante o evento, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que o país avançou no investimento em inovação nas empresas privadas, mas não o suficiente. “Se nós não nos empenhamos em acelerar a inovação do sistema industrial privado, não será possível enfrentar os desafios de uma concorrência cada vez mais acirrada no campo do comércio e investimento internacional. Pensar no “Brasil Novo” sem pensar em inovação seria uma contradição”, destacou o presidente do BNDES, em palestra. Conforme os dados apresentados por Coutinho, os recursos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas empresas privadas subiram de R$ 3,7 bilhões, em 2000, para R$ 14,7 bilhões, em 2011. Contudo, ele apontou que as melhorias representaram menos de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nós precisamos dobrar o investimento no setor privado para as pesquisas”, ressaltou. Em resposta a esse desafio, o governo federal criou em 2013 o programa Inova Empresa, com investimento total de R$32,9 bilhões para impulsionar, por meio da inovação tecnológica, a produtividade e a competitividade em diversos setores da economia. Os recursos foram aplicados no ano passado e continuarão em 2014, para contemplar empresas de todos os portes, dos setores industrial, agrícola e de serviços. “Acredito que o programa irá, em pouco tempo, alavancar a capacidade privada brasileira em inovação”, comentou Coutinho. Até o momento, metade dos recursos do Inovar Empresa foi contratada, por meio de 12 editais já lançados. Eles passaram por uma filtragem de qualidade, que envolveu a avaliação de comitês técnicos competentes. “(O programa) recebeu uma resposta entusiástica do setor privado, com projetos que somaram três vezes mais do que estamos ofertando. Ao longo do tempo vamos contratar a outra metade”, previu o presidente. (Agência Gestão CT&I)