Foram aprovados 68 projetos no âmbito do projeto piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eles abrangem as áreas de manufatura, automação, bionanotecnologia, saúde e energia e representam R$ 188 milhões, dos quais cerca de R$ 62 milhões são recursos públicos. Os números foram apresentados durante a 8ª edição do Congresso Abipti 2014, no dia 7 de maio, em Brasília. “A Embrapii tem um papel importante na questão de tentar levar para o mercado a ciência e tecnologia”, afirmou o coordenador-geral de serviços tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Jorge Mário Campagnolo. “Nossas instituições têm que aprender a transformar ciência e tecnologia em negócios, que é a ideia dessa iniciativa.” Um dos principais desafios, acrescentou, é alavancar os gastos privados para mudar os índices da inovação no país, que estão diminuindo, de acordo com os dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele avaliou que o Brasil tem competência para melhorar esse quadro. “Formamos 14 mil doutores por ano e temos habilidade de produzir conhecimento”, disse. O diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii, José Luis Gordon, explicou que a Embrapii possui regras mais flexíveis de financiamento e contratação de projetos “para agilizar o processo de negociação”. Segundo ele, até o final do ano devem ser criadas 23 unidades da iniciativa em todo o país. “Vamos credenciar as unidades e adiantar os recursos para elas”, afirmou. No dia 15 de abril, a Embrapii abriu o primeiro edital para contratar instituições cientificas e tecnológicas (ICTs) como unidades. O prazo para o envio de carta de manifestação de interesse termina em 15 de maio. As ICTs precisam informar áreas de competências específicas para a execução de planos de ação de desenvolvimento tecnológico em parceria com empresas. Entre final de abril e a primeira semana de maio, a Embrapii realizou ainda uma rodada de apresentações para detalhar seu modelo de operação e esclarecer dúvidas em relação a essa primeira chamada pública. Para o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Paulo Mol Júnior, o destaque é justamente o processo simplificado. “A Embrapii é absolutamente simples”, disse. “É uma proposta diferente de ir direto a empresa e atender suas demandas empresariais de forma direta partilhando os riscos e resultados”. Ele disse “estar certo” de que os projetos desenvolvidos vão gerar emprego e renda. O diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), Domingos Manfredi Naveiro, ressaltou que a Embrapii propicia um “modelo que tem grande perspectiva de trazer mudança para inovação no país”. A unidade de pesquisa do MCTI no Rio de Janeiro é uma das três participantes do piloto. A s outras duas são o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), de São Paulo, e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na Bahia. Todos são associados Anpei. Várias empresas associadas também tiveram projetos aprovados no sistema Embrapii, como, por exemplo, a Mahle Metal Leve, a Votorantim Metais, a Braskem, a Elekeiroz, a GE (por meio da GE Oil & Gas), a Natura, a InterCement, o Grupo Boticário, a Angelus e a Totvs. (MCTI)
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