No dia 16 de setembro, na capital paranaense, o Instituto Inovação e a Case New Holland, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas, apresentaram suas experiências no uso dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. O evento, promovido pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), visou à discussão sobre os avanços e experiências de empresas no uso destes incentivos. O Instituto Inovação, através de sua área especializada na gestão estratégica de recursos para a inovação, a Incentivar, auxilia a Case New Holland desde 2007 na gestão dos incentivos fiscais. O projeto é um exemplo de como uma empresa inovadora pode se estruturar para usufruir os benefícios fiscais previstos na Lei do Bem em prol da alavancagem de sua competitividade de mercado. A Case New Holland entende que os incentivos fiscais previstos na Lei do Bem, bem como as diretrizes da Lei da Inovação, são um meio e não um fim. Eles devem ser utilizados para a alavancagem de nosso P&D e, portanto, de nossa competitividade, ressaltou Daniel Fernando Maas, controller de desenvolvimento de produto da empresa. Desafios Os resultados da Case New Holland são fruto de um esforço de longa data. A empresa possui um sistema global integrado de desenvolvimento de produto que permite um controle técnico e fiscal dos projetos de inovação. A parceria com a Incentivar, iniciada em 2007, permitiu que as ações fossem aproveitadas para a gestão dos incentivos fiscais. A metodologia da Incentivar permite que a empresa se estruture e, ao mesmo tempo, inicie o uso dos incentivos fiscais. Nós analisamos a estrutura organizacional, os processos e todos os projetos da empresa, mapeando e identificando as atividades de inovação, explica Guilherme Pereira, coordenador de projetos do Instituto Inovação. Esta metodologia permite o início de um ciclo virtuoso para a empresa, que pode usar os recursos advindos dos benefícios fiscais para expandir suas atividades de P&D, ao mesmo tempo em que se estrutura para o uso seguro e amplo da Lei do Bem, completa. Mas o potencial pleno da Lei do Bem ainda não foi alcançado pela maioria das empresas. Existem dificuldades relacionadas à identificação das atividades de inovação uma vez que a própria Lei é vaga em sua definição do que é inovação tecnológica. Além disso, os controles financeiros e a gestão da informação necessária para a utilização segura dos benefícios são dificuldades comuns às empresas que estão se utilizando da Lei do Bem. Pensando nisso, a Incentivar desenvolveu uma ferramenta de TI que permite a identificação e gestão do portfólio de projetos de inovação das empresas e vem sendo utilizada por diversos clientes da consultoria. O sistema Incentiva é a resposta a estas dificuldades que nos foram apresentadas, inclusive auxiliando as empresas na qualificação dos projetos de inovação como enquadráveis ou não nos conceitos da Lei do Bem, esclarece Pereira. O coordenador-geral dos Serviços Tecnológicos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Reinaldo Dias Ferraz, esteve presente no evento e apresentou os recentes aperfeiçoamentos do marco legal da Inovação no País. Devemos ter cerca de 500 empresas utilizando a Lei do Bem no ano de 2008, comentou Ferraz quando ressaltava os resultados dos três anos de aplicação da Lei. A Case New Holland é um exemplo de sucesso e se prepara para o próximo passo: internalizar a metodologia e expandir o uso dos mecanismos de fomento à inovação existentes no Brasil. Dentre as 40 unidades da empresa no mundo, temos 27 centros de pesquisa. O Brasil, por seu potencial, está entre as cinco unidades que terá um centro de realidade virtual para ser utilizado no desenvolvimento de produtos, disse Daniel Maas ressaltando a importância da unidade no Brasil frente às atividades globais de P&D da empresa. (Fonte: Instituto Inovação)
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