O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, lançaram no dia 6 de junho, a segunda edição do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). Maior chamada pública da história do CNPq, o novo edital dos INCTs dispõe, inicialmente, de R$ 641,8 milhões, dos quais R$ 300 milhões vêm do governo federal, por meio da própria agência financiadora do MCTI, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Contribuem com os outros R$ 341,7 milhões 14 fundações de amparo à pesquisa (FAPs), dos seguintes estados: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal. Outras entidades, públicas ou privadas, podem compor o grupo financiador das propostas, mesmo após a contratação dos projetos em que tenham interesse de aportar valores adicionais, em uma etapa de negociação prevista pelo edital. A Petrobras foi uma das empresas financiadoras da primeira versão. Estamos muito felizes com a iniciativa, que é uma forma de dar um salto no conhecimento científico brasileiro e, ao mesmo tempo, criar as condições para que esse conhecimento seja transferido para sua aplicação prática, disse o ministro. Os INCTs da primeira versão deram resultados concretos para soluções de grandes problemas brasileiros. A implementação desta nova fase é a comprovação de que o programa tem alcançado resultados efetivos. É uma forma de mobilizar o grupo mais qualificado academicamente, de permitir que eles se associem em redes através de instituições e outros pesquisadores. Durante a solenidade, o CNPq colocou no ar o novo portal do programa (http://inct.cnpq.br/home/), que apresenta composição, participantes e resultados de cada INCT, distribuídos em mosaicos por área de atuação e posição geográfica. Segundo Glaucius Oliva, a própria página vai abrir um formulário eletrônico de 7 de julho a 8 de setembro, período de submissão das propostas. A seleção deve ser divulgada a partir de março de 2015 e a contratação dos projetos está prevista para abril. Como a chamada pública está disponível no portal, os pesquisadores já podem começar a preparar suas propostas o mais rápido possível, sugeriu o presidente do CNPq. O julgamento vai ser de 180 dias, para avaliação das propostas e negociação com novos parceiros, da mesma forma como foi feito no edital de 2008, quando conseguimos cofinanciadores como Petrobras, BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], Ministério da Saúde e Capes, que se associaram ao programa e possibilitaram a elevação dos R$ 405 previstos para R$ 600 milhões. De acordo com ele, na próxima etapa de negociação, não apenas vamos combinar quem paga o quê das propostas bem avaliadas entre agências federais e estaduais, mas também buscar os novos parceiros. Oliva informou que já sinalizaram interesse em participar da iniciativa o Ministério da Saúde, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR). O limite de previsão orçamentária de cada projeto é de R$ 10 milhões, mas o teto pode ser ampliado ao longo das seis temporadas de financiamento. Após quatro anos, mediante avaliação de desempenho e proposta com ampliação de metas, podem ser concedidos aditivos ao valor inicial, explicou o presidente do CNPq. Os temas preferencialmente apoiados são: tecnologias ambientais e mitigação de mudanças climáticas; biotecnologia e uso sustentável da biodiversidade; agricultura; saúde e fármacos; espaço, defesa e segurança; desenvolvimento urbano; segurança pública; fontes alternativas de energias renováveis, biocombustíveis e bioenergia; nanotecnologia; pesquisa nuclear; tecnologia da informação e comunicação (TIC); e controle e gerenciamento de tráfego aéreo. Na avaliação do ministro Campolina, os INCTs podem ser uma peça decisiva para o programa Plataformas do Conhecimento, em construção entre os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Educação (MEC) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em articulação com outras pastas do governo federal, a depender do tema apoiado. Todas as plataformas que o mundo constrói estão em cima de temas nacionais, como problemas da saúde, da energia, da agricultura, afirmou o titular do MCTI. Os desafios são muito interdisciplinares ou transdisciplinares e esse [futuro] programa busca alavancar a ciência brasileira para a solução dos problemas brasileiros. Para isso, vamos precisar bastante dos INCTs. (MCTI)

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