Site logo
Sticky header logo
Mobile logo
  • A ANPEI
    • História e Governança
    • Conselho Consultivo
    • Agenda Geral
  • Articulação
    • Articulação para Inovação
    • Lei do Bem
    • Associados
  • Calendário 2025
  • Cursos
    • Innovation Architect
  • Colaboração
    • Conferência ANPEI de Inovação
    • Enrich in LAC
    • Parcerias Institucionais
    • Comitês
      • Gestão da Inovação
      • Fomento
      • Inovação Aberta
      • Propriedade Intelectual
  • Conteúdo
    • BLOG
    • Central de conteúdos
  • Contato
    • Canal de denúncias
  • Associe-se
PrevEducanpei realiza “Workshop Fomento à Inovação Tecnológica” em parceria com a FEOP12 setembro 2016NextMapas de Rotas Tecnológicas para Planejar a PD&I16 setembro 2016
  • ANPEInews

Natura e pesquisadores compartilham conhecimento sobre química de produtos naturais

13 de setembro de 2016in ANPEInews 0 Comments 0 Likes

13/09/2016

O extrato da erva amazônica jambu (Acmella oleracea) possui diversas aplicações: da culinária, como ingrediente do molho de tucupi, à cosmética, como uma espécie de botox natural. Mas o uso industrial do produto natural é limitado por conta do custoso processo de extração da substância pura responsável por tais propriedades, o espilantol. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiram sintetizar em laboratório esse constituinte do jambu de importância comercial, abrindo caminho para sua obtenção em maior escala e novas aplicações.

O trabalho foi um dos apresentados na sede da empresa Natura, em Cajamar (SP), no último mês de agosto, durante o Showcase Natura Campus, que reuniu representantes da empresa e pesquisadores do Programa FAPESP de Pesquisa em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA). O objetivo foi compartilhar potenciais descobertas de pesquisas científicas para o desenvolvimento de produtos inovadores.

“O encontro foi o primeiro de uma série de rodadas de negócios do BIOTA com empresas, tendo como base as pesquisas realizadas no programa em mais de 15 anos e o conhecimento de excelência que se tem sobre a biodiversidade brasileira”, disse Vanderlan da Silva Bolzani, do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara e membro da coordenação do BIOTA.

“A universidade e a indústria são dois mundos distintos, mas que podem e devem conversar. A riqueza natural gigantesca do Brasil ainda não é correspondida pelo número de patentes e por projetos de inovação que resultem em produtos de alto valor agregado tendo nossa biodiversidade como fonte de inspiração”, avaliou Bolzani.

O processo inovador de síntese do espilantol foi patenteado pelos pesquisadores da Unicamp e teve origem na pesquisa Desenvolvimento de metodologias e processos de síntese empregando uma nova plataforma tecnológica: a síntese de produtos naturais e derivados com potencial atividade farmacológica assistida por micro e mesorreatores contínuos, realizada com apoio da FAPESP.

“Por ser utilizado em diversas aplicações e de grande dificuldade de isolamento, esse composto tem um valor comercial elevado. Desse modo, a síntese orgânica fornece uma boa alternativa para produzir o espilantol de forma mais barata e também para a exploração das atividades biológicas de seus análogos”, contou Júlio Cezar Pastre, do Instituto de Química da Unicamp, coordenador da pesquisa.

As diversas possibilidades de aplicação do espilantol estão relacionadas a suas propriedades analgésicas, antioxidantes, anti-inflamatórias, antifúngicas, antimaláricas, bacteriostáticas e larvicidas contra mosquitos, como o Aedes aegypti. Em cosmética, o interesse está na sua capacidade de descontrair microtensões da pele do rosto, evitando e suavizando rugas.

Inspiração na natureza
A biossíntese é a produção de compostos químicos naturalmente por seres vivos. A síntese orgânica consiste na construção de moléculas orgânicas, como a do espilantol, por meio de processos de reações químicas planejados em laboratório. Dessa forma, explica Bolzani, é possível copiar inúmeros produtos naturais.

“A síntese orgânica é uma área de grande impacto científico e inovação tecnológica e a biodiversidade do Brasil é o laboratório químico mais sofisticado que um cientista pode ter em mãos. Para não a devastar, reproduzir essa riqueza em laboratório é o ideal. A natureza é inspiração para a arte de construir moléculas: há modelos estruturais de enorme complexidade e tão inusitados sendo biossintetizados que nenhuma mente brilhante imaginaria sintetizar”.

Em outro trabalho apresentado durante o Showcase Natura Campus, pesquisadores do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de produtos naturais (NuBBE) do IQ-Unesp estudaram a Senna spectabilis, conhecida como cássia do Nordeste ou acácia.

A planta biossintetiza um tipo de substância que, após uma modificação química em laboratório, demonstrou ser um potencial inibidor da enzima acetilcolinesterase, relacionada à doença de Alzheimer. Os testes preliminares demonstraram sua eficiência com toxidez mais baixa que a galantamina, fármaco utilizado no tratamento da doença.

Como se trata de uma árvore de grande porte e a molécula é biossintetizada principalmente nas pétalas de suas flores, em períodos anuais de floração e em concentração muito baixas, não foi possível obter a quantidade necessária de matéria-prima para os análogos sintéticos e para que a indústria realizasse ensaios pré-clínicos.

Foi então que o grupo se voltou para a rizosfera da planta, procurando elucidar os mecanismos de interação entre a árvore e os microrganismos que vivem na região onde o solo e as raízes entram em contato.

“Na química ecológica, assim como numa selva, existe uma comunicação aérea, por aromas e moléculas de alta volatilidade no ar, e, também, uma comunicação subterrânea entre vários organismos. Não se trata apenas das raízes, mas também dos microrganismos e de como eles se relacionam com as plantas. A ideia é tentar entender que tipos de moléculas essa microbiota produz e se algumas delas se assemelham às produzidas pelas plantas em suas partes aéreas”, contou Ian Castro-Gamboa, responsável pela pesquisa A rizosfera de Senna spectabilis: estudo das interações planta/microrganismos utilizando ferramentas metabolômicas, realizada com apoio da FAPESP.

Os pesquisadores compuseram uma coleção de microrganismos dessa rizosfera, armazenando 167 tipos de fungos filamentosos e 25 espécies de bactérias. Ao estudar os espécimes, descobriram que moléculas muito similares às biossintetizadas nas flores eram produzidas na rizosfera, bastando apenas algumas poucas modificações em laboratório para que elas pudessem ter a mesma eficácia na inibição da enzima acetilcolinesterase.

“Com a vantagem de que, agora, estamos lidando com microrganismos, que podem ser manipulados mais facilmente e associados à biotecnologia, possibilitando produzir moléculas com valor agregado”, completou Castro-Gamboa.

De acordo com o pesquisador, os microrganismos também biossintetizam moléculas com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que poderiam ser utilizadas em diversos produtos. A inovação pode representar uma alternativa ao hidroxitolueno butilado (BHT), composto orgânico antioxidante por muito tempo usado como aditivo alimentar e conservante, inclusive na indústria de cosméticos, mas que foi proibido por oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente.

Rita de Cássia Pessotti, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP), também apresentou pesquisas relacionadas à obtenção de produtos naturais de origem microbiana.

Entre as pesquisas apresentadas por Pessotti esteve o Projeto Temático Novos agentes terapêuticos obtidos de bactérias simbiontes de invertebrados brasileiros, realizado com o apoio da FAPESP e coordenado por Mônica Tallarico Pupo, da FCFRP-USP. O projeto integra o International Cooperative Biodiversity Group (ICBG), formado por uma equipe interdisciplinar de médicos, farmacologistas, biólogos evolutivos e químicos com o objetivo de descobrir agentes terapêuticos produzidos por bactérias que não prejudicam seu hospedeiro.

Foram apresentados, ainda, trabalhos realizados no âmbito do BIOTA por pesquisadores do Instituto de Biociências do Campus Experimental do Litoral Paulista da Unesp, representados por Marcos Hikari Toyama. O pesquisador conduz estudos sobre a enzima fosfolipase A2, secretada em venenos de animais. A linha de pesquisa tem o objetivo de avaliar o potencial anti-inflamatório da enzima.

De acordo com Luciana Hashiba, gerente de Gestão de Inovação e Parcerias da Natura, o encontro pode levar a novas parcerias de pesquisa com o apoio da empresa.

“O BIOTA já é parceiro da Natura de longa data e o que buscamos com esse encontro é estreitar ainda mais os laços e promover maior interação com o ambiente diverso da pesquisa apoiada pela FAPESP, sempre com o objetivo de realizar inovação alinhada ao conhecimento científico”, disse.

Além das parcerias de pesquisa com o BIOTA, FAPESP e Natura são parceiras no Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano, formado por uma rede de pesquisadores das áreas de Psicologia e Neurociências da USP, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Sediado no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP), o Centro é o primeiro na área de Humanidades criado a partir de modelo de financiamento compartilhado entre uma empresa privada e a Fundação.

O BIOTA lançou, em junho de 2016, uma chamada de propostas para apoio a pesquisas na área de síntese orgânica de produtos naturais, derivados e análogos (http://www.fapesp.br/10307). A publicação do resultado da seleção está prevista para o dia 12 de dezembro.

(Agência FAPESP)

0 Likes
Deixe uma resposta

Click here to cancel reply.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Newsletter

Inscreva-se para receber nossos conteúdos

Seu nome:*

Seu e-mail:*

Posts recentes

ANPEI RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INTEGRAL DO ORÇAMENTO DO FNDCT EM 2025
ANPEI RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INTEGRAL DO ORÇAMENTO DO FNDCT EM 2025
1.11.2024
ANPEI defende revisão do plano de carreiras do INPI em 2024
ANPEI defende revisão do plano de carreiras do INPI em 2024
25.06.2024
ANPEI apoia orçamento integral para a Fapesp em 2025
ANPEI apoia orçamento integral para a Fapesp em 2025
9.05.2024

Categorias

  • ANPEInews (7.847)
  • Apoio Institucional (10)
  • Articulação (29)
  • Associação de Inovação (25)
  • Cadastre-se (2)
  • Comitês (46)
  • Conferência ANPEI (20)
  • Contato (2)
  • Cooperação (7)
  • Cooperação para Inovação (23)
  • Desenvolvimento & Inovação (11)
  • desenvolvimento sustentável (1)
  • Destaques (453)
  • Educação Executiva (1)
  • Educanpei (167)
  • Eleições (2)
  • FNDCT (1)
  • Fomento (18)
  • Gestão da Inovação (7)
  • Governo Estadual (3)
  • Governo Federal (11)
  • Guia Prático de Apoio à Inovação (3)
  • IBN (1)
  • ICT-Empresas (4)
  • Imprensa (5)
  • Indústria-Startup (13)
  • Innovation Architect (1)
  • Inovação (7)
  • Inovação Aberta (8)
  • INPI (11)
  • Institutos privados de pesquisa (7)
  • Institutos públicos de pesquisa (9)
  • Inteligência Artificial (2)
  • Internacional (7)
  • Internet das Coisas (1)
  • Lei do Bem (16)
  • Leis de incentivo (36)
  • Nacional (17)
  • NIT (6)
  • Notícias (36)
  • Orçamento para PD&I (1)
  • PD&I (11)
  • Pesquisa (4)
  • Políticas Públicas (11)
  • Programa Nacional (5)
  • Programas Estratégicos (12)
  • Propriedade Intelectual (9)
  • Publicações (13)
  • Recursos (9)
  • Recursos para Inovação (23)
  • Sem categoria (21)
  • Startups (9)
  • Transformação digital (4)

Tags

ambiente de inovação covid-19 evento evento de inovação Fomento Gestão da Inovação Gestão da PI GT Indústria Startup GT Marco Legal indústria 4.0 inovação inovação aberta INPI Interação ICT-Empresa lei do bem MCTIC open innovation propriedade intelectual startups tecnologia

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901

 

Comunicação: comunicacao@anpei.org.br

Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br

Fabio – +55 11 99194-5037
associado@anpei.org.br

© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.
Nós, da ANPEI, nos preocupamos com a sua privacidade.
Ao clicar em “Aceitar” você concorda com o armazenamento de cookies no seu dispositivo para melhorar a navegação no site, analisar a utilização do site e melhorar as iniciativas de marketing.
Aceitar
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR