O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp, propôs que os países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) compartilhem entre si o uso de seus laboratórios de pesquisa científica e lancem editais conjuntos para apoiar a inovação nas empresas. Ele defendeu ainda que os acordos bilaterais de cooperação científica já existentes sejam estendidos para os demais membros do grupo. As sugestões de Raupp foram apresentadas no dia 10 de fevereiro, no Primeiro Encontro de Ministros de Ciência e Tecnologia dos Brics, realizado na Cidade do Cabo, África do Sul. Especificamente na área de inovação, Raupp sugeriu o lançamento de editais conjuntos e multilaterais que estimulem a realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento com a participação de instituições científicas e também de empresas. Já temos uma experiência exitosa com a Índia em termos de editais conjuntos, explicou. Ele propôs ainda que os parques tecnológicos dos Brics tenham uma intensa colaboração. As empresas abrigadas em parques tecnológicos, por definição, são as mais comprometidas com o desenvolvimento tecnológico e, portanto, com a inovação, salientou o ministro. São, portanto, empresas em condições favoráveis para a cooperação internacional, incluindo a possibilidade da criação de joint ventures. Em seu pronunciamento, o ministro brasileiro sugeriu a criação de um programa para que laboratórios já existentes em cada um de nossos países sejam abertos para atividades de pesquisa e desenvolvimento a pesquisadores dos demais países do agrupamento. Outra proposta, também na linha da racionalização de investimentos e ganho de tempo, é fazer com que os projetos de cooperação bilateral já existentes no âmbito dos Brics sirvam de plataforma para a cooperação entre um número maior de países, talvez até mesmo os cinco membros dos Brics. Ao observar que a ciberinfraestrutura de pesquisa encontra-se baseada em conexões centralizadas na Europa e na América do Norte, Raupp sugeriu que os Brics façam a integração de suas redes de alto desempenho para educação e pesquisa. Temos que considerar também a importância da integração da rede Brics com outras redes, especialmente que possibilitem a participação de países da África, da América Latina e da Ásia. O ministro brasileiro propôs que o grupo avalie a possibilidade de criação de um instituto avançado para problemas complexos de ciberespaço e cibersergurança. Disse, também, da oportunidade de os Brics criarem laboratórios supranacionais para o escalonamento de produtos biotecnológicos visando testar sua produção em escala industrial. O encontro na Cidade do Cabo começou na manhã de 10 de fevereiro, quando cada ministro teve 20 minutos para se pronunciar. Houve uma total convergência de opiniões e de propósitos, avaliou Raupp no final da sessão. Os representantes dos cinco países enfatizaram a importância da cooperação na área científica e manifestaram sua disposição para incrementar a realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento em conjunto com os demais membros do grupo. (MCTI)

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