O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, avalia que o Brasil precisa gerar mais inovação a partir de pesquisas na área de tecnologia da informação (TI). Segundo ele, no país existem ótimos programas de pós- graduação nas áreas de computação e engenharia da computação, além de uma grande indústria de software, mas a ligação entre o setor produtivo e o de pesquisas ainda não se faz na intensidade necessária. Queremos fortalecer os centros globais de PD&I [pesquisa, desenvolvimento e inovação], para que eles tenham mais atividades e mais investimentos e gerem, a partir do Brasil, tecnologias e produtos que são competitivas globalmente, argumenta Virgílio. A análise foi feita durante a cerimônia de abertura da Conferência internacional de Propriedade Intelectual (PI) e Inovação na Indústria da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), realizada nos dias 19 e 20 de março, no Rio de Janeiro. A atração de Centros Globais de PD&I é um dos eixos do TI Maior, programa estratégico na área da tecnologia da informação. Lançado em 2012, a iniciativa visa estimular a indústria de software no país. O Brasil conseguiu assinar memorandos de entendimentos para instalação de quatro centros a partir de 2009, que são o da Microsoft, da EMC², Intel e SAP, lembra o secretário. Ele destacou a importância que a indústria de TI dos Estados Unidos EUA confere aos centros de PD&I das empresas. Esses centros fazem pesquisas básicas e avançadas e conseguem, a partir disso, gerar produtos e novas tecnologias, frisou. Um dos pontos colocados no processo de negociação com as empresas para a criação desses centros no Brasil foi, justamente, a necessidade de criação de mecanismos adequados de proteção à propriedade intelectual, aos valores gerados nesses centros, sejam novos métodos e/ou processos, além da questão da patente de software. (MCTI)

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