Uma pesquisa a partir da metodologia Business Model Canvas (em português Modelo de Negócios de Canvas) resultou num modelo barato, escalável e de fácil replicação para capacitar alunos de graduação e de pós-graduação em empreendedorismo de base tecnológica. O seu autor, Virgilio Ferreira Marques dos Santos, chegou a essa conquista em sua tese de doutorado, que foi defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) e que já se projeta como um novo modelo de estímulo à criação de spin-offs a partir da pesquisa universitária. O modelo estimula a transferência de tecnologia por meio da criação de spin offs acadêmicos empresas criadas para explorar uma propriedade intelectual gerada por meio de um trabalho de pesquisa de uma instituição acadêmica. O estudo encontrou o caminho para transformar alunos em empreendedores de uma maneira prática e aplicada, descreve. O objetivo do estudo foi estimular a criação de empresas de base tecnológica por meio do uso de tecnologias e com alunos da própria instituição. Por isso foi criado o Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica. Ele foi testado por três anos consecutivos na Unicamp por meio do programa Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica, uma competição que visa capacitar alunos empreendedores e estimulá-los a abrir uma empresa de base tecnológica. Virgilio comenta que o método proposto seguiu como etapas a formação de equipes, o treinamento, a escolha da tecnologia, a mentoria, o desenvolvimento do modelo de negócio, a seleção dos finalistas e o pitching final (apresentação de ideias em tempo restrito em que o apresentador tenta convencer sobretudo potenciais financiadores de que sua proposta merece receber apoio). Na metodologia, utilizou-se como ferramenta de auxílio à construção do modelo de negócio, para a exploração comercial das tecnologias, o Business Model Canvas. Esta ferramenta consiste em um mapa visual no qual se esboçam (mediante blocos) os pontos-chaves de um modelo de negócio, que é o responsável por delinear o caminhar de uma empresa. Diante de seus achados, o pesquisador ressalta que é possível capacitar os alunos em empreendedorismo de base tecnológica em menos de quatro meses. Contudo ele acrescenta que, para que as empresas deem certo, é preciso que a Universidade crie um fundo de prova de conceito para que os alunos consigam recursos a fim de desenvolverem uma aplicação comercial. Sem dinheiro e apoio, é muito difícil que as iniciativas dos alunos saiam do papel, admite. O modelo em questão foi implementado pela Agência de Inovação Inova Unicamp, combinando as funções de gestor da propriedade intelectual, de parcerias e projetos colaborativos em P&D com empresas, de transferência de tecnologias e de estímulo ao empreendedorismo tecnológico. Virgilio, que escreveu a tese Modelo de transferência de tecnologia por meio do estímulo à criação de spin offs acadêmicas e é profissional da área de Melhoria de Processos, abordou nesse texto como encorajar os alunos a criarem empresas a partir de tecnologias depositadas pela Unicamp em seu banco de patentes. O trabalho teve orientação do professor da FEM Antonio Batocchio. Esse assunto foi escolhido pelo doutorando ao notar que há na Unicamp mais de mil tecnologias depositadas e apenas sete empresas formadas a partir delas até o momento, de 2009 a 2014. (Unicamp)

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