Acordo estimula desenvolvimento tecnológico na indústria de química fina
Um acordo de cooperação assinado no dia 22 de julho entre o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e a Associação das Indústrias de Química Fina (Abifina) permitirá o desenvolvimento tecnológico de pequenas e médias empresas do setor. Por meio do acordo, o INPI se compromete a facilitar o acesso e simplificar as informações contidas nos documentos de patentes.
A Abifina receberá do INPI cópias de documentos e da bibliografia de patentes que serão divulgadas nas pequenas e médias empresas de química fina do país. O acordo prevê também a realização de cursos e seminários de treinamentos para análise das informações tecnológicas.
De acordo com o presidente do INPI, Roberto Jaguaribe, o acordo é a primeira de uma série de iniciativas do Instituto no sentido de decodificar a informação patentária. Atualmente, as consultas às patentes feitas pela comunidade científica e pelas indústrias são mínimas. “Podem ser contadas nos dedos da mão”, disse Jaguaribe.
Essa baixa demanda, segundo Jaguaribe, não pode ser atribuída apenas às dificuldades de acesso às informações tecnológicas. A cultura da propriedade industrial também precisa ser reavaliada. No Brasil, a idéia de apropriação associada à patente deve ser substituída pelo conceito de incentivo à criação. “Queremos atrair as empresas a se inserir neste processo”, afirmou o presidente do INPI.
O vice-presidente da Abifina, Nelson Brasil, disse que o estímulo à inovação e a proteção dos inventos são fundamentais para a conquista de mercados. Segundo ele, a garantia dos benefícios das patentes, no entanto, só poderá ser assegurada quando acompanhada de incentivos fiscais e de financiamentos governamentais. Para o dirigente da Abifina, Estados Unidos e a Coréia são exemplos de sucesso dessa política. As informações são do site do INPI (www.inpi.gov.br).