01/12/2016

Na última quarta-feira, 30 de novembro, a Anpei realizou o I Encontro Anual dos Comitês Dinâmicos: Aumentando Velocidade e Conexão, que reuniu mais de 100 representantes de empresas associadas no auditório da Agência USP de Inovação, em São Paulo – SP.

O evento foi dividido em duas etapas. No período da manhã, os coordenadores e vice-coordenadores dos Comitês de Interação ICT-Empresa, Gestão da Inovação, Fomento e Gestão da PI apresentaram seus principais trabalhos realizados em 2016 e propostas para 2017.

A diretora da Anpei e madrinha dos Comitês Dinâmicos, Sayonara Moreira, expôs as diretrizes do Programa e os objetivos para o próximo ano.

Luiz Mello, vice-presidente da Associação, encerrou essa etapa com a apresentação do Planejamento Estratégico Anpei 2030, que traçou diferentes programas – de acordo com a identidade da Associação – para execução no período de 2014 a 2017.

Na ocasião, Mello revisitou as propostas elencadas no Planejamento e apresentou os principais resultados dos programas em andamento.

Ao final das apresentações, os presentes realizaram um debate com dicas e sugestões para todos os Comitês. De acordo com a secretária executiva da Anpei, Marcela Gentil Flores, o evento foi muito produtivo, pois, com as apresentações dos trabalhos, os grupos podem se apoiar e se inspirar. “Ouvimos diversas propostas e vamos levá-las adiante para análise da diretoria. Nosso objetivo é que esse encontro aconteça todos os anos”.

“Também faremos reuniões conjuntas entre os coordenadores. E um dos nossos objetivos é formalizar um plano estratégico para os Comitês, com apresentações semestrais na reunião da diretoria”, completou Sayonara Moreira.

Antes do almoço, o vice-presidente da Associação confirmou a realização da XVI Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que ainda não tem data e cidade totalmente definidas, mas, ao que tudo indica, será realizada em setembro do ano que vem.

No período da tarde, os Comitês de Gestão da Inovação, Fomento e ICT-Empresa realizaram suas reuniões mensais como de costume. Por se tratar do último encontro do ano, os grupos focaram no debate e na estruturação de propostas de trabalho para 2017.

Tradicionalmente, a última reunião do ano do Comitê de Gestão da PI é realizada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), por isso, o encontro mensal desse Comitê não ocorreu no período da tarde e será realizado no início de dezembro.

Comitê de Interação ICT-Empresa
De acordo com o coordenador do Comitê de Interação ICT-Empresa, Leonardo Garnica, e a vice-coordenadora, Patrícia Leal, o grupo produziu em 2016 o e-book Indicadores de Sucesso em Parceiras, que será lançado no início de 2017.

Outro trabalho desenvolvido foram as Redes de Inovação entre os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do CNPq e as empresas, com estudos de modo de operação, pré-projetos para agências de fomento e propostas de parcerias com o CNPq.

O Grupo de Trabalho (GT) Marco Legal analisou o Código de C&T e enviou propostas de regulamentação ao governo. “As sugestões da Anpei foram as mais apoiadas pela sociedade no portal da consulta pública”, disse Leonardo Garnica, que também anunciou que esse GT não será apenas um grupo do Comitê ICT-Empresa, mas sim uma célula independente que receberá contribuições de todos os Comitês.

O GT Marco Legal, independente e transversal, será coordenado por Cristina Assimakopoulos.

O GT ENCTI analisou a proposta preliminar da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia Inovação e realizou uma pesquisa com os associados da Anpei antes da consulta pública.

Comitê de Gestão da Inovação
Apresentado por seu vice-coordenador, Rafael Pellicciotta, o Comitê de Gestão da Inovação realizou sete reuniões em 2016, com 160 participantes de 47 empresas e cases de sucesso e benchmarks em gestão da inovação de dez companhias. “Tivemos uma troca de experiências muito relevante”, validou Pellicciota.

Em seguida, Jaime Frenkel, da EloGroup, consultoria especializada em gestão da inovação, estratégia e produtividade, responsável por desenvolver o portal Anpei Exchange e seu conteúdo em caráter pró bono – apresentou os primeiros resultados da plataforma e explicou seu funcionamento para todos os presentes com a utilização de uma folha tamanho A0.

No período da tarde, os membros do Comitê tiveram a oportunidade de inserir suas sugestões para 2017 em post its no canvas impresso com 24 requisitos.

Comitê de Fomento
Em 2016 o Comitê de Fomento se reuniu dez vezes e contou com oito apresentações de cases. A apresentação foi realizada por Luiz Claudio Frade, coordenador do Comitê, acompanhado por sua vice-coordenadora Isabela Dias.

Durante 2016, o GT Instrumentos analisou o processo de captação e gestão de recursos sob a ótica das empresas e elaborou uma pesquisa com os associados para identificar os principais instrumentos utilizados e de interesse.

Os resultados estão sendo compilados no Caderno de Boas Práticas de Captação e Uso de Recursos e em um material com os Principais Entraves e Oportunidades de Melhorias nos Mecanismos de Fomentos.

Além disso, o grupo também está coordenando os trabalhos de atualização do Guia de Inovação Anpei/MCTIC.

O GT Lei do Bem também está trabalhando em uma ação conjunta com o MCTIC, que terá como resultado o Guia Lei do Bem.

O objetivo desse material, que deve ser lançado em fevereiro ou março de 2017, é identificar inseguranças técnicas e jurídicas percebidas pelas empresas e propor ações para minimizá-las.

Comitê de Gestão da PI
Eneida Berbare, coordenadora do Comitê de Gestão da PI, fez uma retrospectiva mês a mês sobre como foram as reuniões de 2016.

No ambiente institucional e governamental foram discutidos temas como a situação do INPI e o Marco Legal de Propriedade Intelectual. Já no campo empresarial, o grupo debateu sobre ter ou não um departamento de PI, políticas internas, gestão de portfólio e boas práticas em geral.

De acordo com Eneida, até maio de 2017 o Comitê deve lançar o Guia Prático de Gestão Estratégica de PI.

No ano que vem, o grupo também pretende debater a transferência de tecnologia envolvendo três ou mais atores (organizações, ICTs, FAPs e empresas fornecedoras), tendências tecnológicas e a propriedade intelectual (por exemplo, em impressões 3D), prospecção e inteligência tecnológica e valoração e gestão do portfólio de PI.

Além disso, o Comitê pretende trabalhar em uma nova dinâmica em 2017, com oficinas de práticas e discussões em casos de PI.