Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão buscando inspiração na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, para fomentar o empreendedorismo na academia brasileira e incentivar cientistas a se engajar de forma mais intensa na transformação de suas descobertas científicas em inovações tecnológicas, principalmente na área da saúde. “A academia não pode fazer só pesquisa básica. Quando houver potencial para inovação, precisa avançar um pouco mais, fazer as provas de conceito, para provar para a indústria que aquela descoberta tem potencial comercial”, reforça o jovem professor Julio Ferreira, do ICB, que fez pós-doutorado no laboratório de Daria e voltou de lá determinado a introduzir o modelo Spark no Brasil – rebatizado como Supernova. O programa funciona como um híbrido de incubadora, agência de fomento e curso de capacitação. A cada ano, cerca de 10 projetos de pesquisa com potencial para gerar novos fármacos e terapias são escolhidos para receber uma ajuda financeira (de US$ 50 mil/ano) e algo que Daria considera muito mais valioso: aconselhamento profissional e gratuito, oferecido por especialistas da indústria que participam de encontros semanais com os pesquisadores. As reuniões são a portas fechadas e todos os participantes assinam um acordo de confidencialidade sobre o que é discutido na sala, de forma que os pesquisadores podem apresentar seus resultados, dúvidas e apostas livremente, sem temer pela segurança da propriedade intelectual de seus dados. Segundo Daria, os conselheiros são o “ingrediente secreto” da receita de sucesso do programa. Nenhum deles é pago. São empreendedores experientes, que participam das reuniões pelo prazer de compartilhar seu expertise, diz. Eles aconselham os cientistas sobre o melhor caminho a seguir, o que levar na mochila e quando dar meia volta, caso necessário. “Um dos segredos do sucesso é saber quando o fracasso virá; quando é hora de abortar”, concorda o físico Vanderlei Bagnato, coordenador da Agência USP de Inovação, que participou de uma série de três debates promovidos no ICB no primeiro semestre, para discutir a implementação do modelo Spark no instituto. Os resultados dos três debates serão combinados agora para definir como melhor adaptar o programa à realidade brasileira e definir um plano de trabalho, para colocar o Supernova em prática em 2015. A matéria completa pode ser lida no endereço http://ciencia.estadao.com.broticias/geral,cientistas-criam-grupo-na-usp-para-empreender,1520366 (O Estado de S. Paulo)
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