30/08/2016
No último dia 29 de agosto, André Ferrarese, diretor da Anpei e gerente de inovação da Mahle Mental Leve, participou do painel “A Proteção da Inovação como Ferramenta Eficaz para Competividade no Cenário Econômico Mundial” durante o XXXVI Congresso Internacional de Propriedade Intelectual, da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), realizado entre os dias 28 e 30 de agosto em São Paulo.
No dia seguinte, 30 de agosto, foi a vez de Elizabeth Ritter, diretora da Anpei e do Escritório de Transferência de Tecnologia da PUC-RS, participar do evento e compor a mesa-redonda que discutiu o tema “Gestão de Compliance: Evitando o Desvio de Ativos Intangíveis”.
A Proteção da Inovação como Ferramenta Eficaz para Competividade no Cenário Econômico Mundial
No início de sua fala, André apresentou a Associação para os presentes, citando programas como o Anpei Exchange – novo portal de compartilhamento de boas práticas em gestão da inovação; a Plataforma iTec – iniciativa que tem o objetivo de aproximar empresas com desafios tecnológicos e potenciais parceiros com soluções; e o Educanpei – cursos de educação continuada da Associação.
Em seguida, o diretor apresentou números referentes a patentes nos cenários nacional e internacional. Com 31 mil patentes registradas a cada ano, o Brasil está 10º lugar no ranking mundial da inovação. China e Estados Unidos, por exemplo, registram respectivamente 900 mil e 600 mil patentes anuais.
No entanto, ao contrário de economias mais desenvolvidas, menos de 15% das patentes do país são efetivamente registradas por brasileiros. “Os dados mostram que o Brasil, assim como o Canadá, 9º colocado, está em rota secundaria de desenvolvimento e é mais dependente”, disse Ferrarese. “São importantes mercados, mas fracos desenvolvedores de tecnologia”, complementou.
De acordo com Ferrarese, a maioria dos depósitos de patentes registradas em economias menos dependentes, como China, Japão e Coreia, são de residentes que querem proteger seus ativos intangíveis. Nos EUA, 50% destes depósitos são feitos por americanos e/ou empresas americanas. Já no Brasil, dos 31 mil depósitos, apenas 4,6 mil referem-se a residentes no país. “Definitivamente, a patente é considerada como mecanismo de proteção da inovação e do ambiente estratégico de negócios do país”, explicou.
O ambiente de inovação, segundo o diretor da Anpei, se fortalece com a aproximação entre a universidade e a empresa. No Brasil, dos 20 maiores aplicadores de patentes, pelo menos 14 são universidades ou institutos.
Gestão de Compliance: Evitando o Desvio de Ativos Intangíveis
Apresentado em 30 agosto, o painel “Gestão de Compliance: Evitando o Desvio de Ativos Intangíveis”, tratou sobre invenções, projetos, designs e informações confidenciais e estratégicas, além de práticas, normas e políticas de proteção.
Moderado por Jacques Labrunie, da Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual, o painel contou com a presença de Elizabeth Ritter, diretora da Anpei e do Escritório de Transferência de Tecnologia da PUC-RS, Josi Jardim, diretora jurídica e de compliance América Latina da GE América Latina, e Daniel Sibille, diretor de compliance América Latina da Oracle.
Assim, representantes da indústria e de instituições de pesquisa apresentaram experiências práticas que permitiram uma visão ampla e atualizada sobre importantes aspectos referentes a divulgação, controle, verificação e previsões contratuais protetivas necessárias junto a colaboradores, prestadores de serviços, fornecedores e parceiros para assegurar a proteção.