26/08/2016
No último dia 25 de agosto, a reunião mensal do Comitê de Interação entre ICTs e Empresas da Anpei contou com a presença de Glenda Mezarobba, diretora de cooperação institucional do CNPq, que apresentou o CORE – nova iniciativa da instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Trata-se do Comitê de Negociação e Relacionamento com Empresas (CORE), que tem o objetivo de definir diretrizes para o desenvolvimento de parcerias estratégicas entre o CNPq, empresas e indústrias. A finalidade é estreitar relações entre instituições de ensino superior, como universidades e centros de pesquisa, por exemplo, e empresas e indústrias que desejam aplicar recursos em P&D com eficiência e efetividade.
“Como esse comitê está sendo construído agora, a interface com a academia e representantes de empresas e indústrias só fortalece a reflexão de uma construção conjunta. Por isso, precisamos muito desse feedback”, disse Glenda referindo-se à apresentação do CORE aos associados da Anpei. “É um comitê de relacionamento, então, partimos do princípio da cooperação e do trabalho em conjunto. Nesse primeiro momento, essa construção norteará o trabalho do CORE”, apontou.
De acordo com Glenda, essa iniciativa é inédita e está alinhada com a missão do CNPq de fomentar ciência, tecnologia e inovação e atuar na formulação de suas políticas, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento e o desenvolvimento sustentável. “Aparentemente é uma iniciativa pioneira do CNPq no sentido em que, com o novo Marco Legal de C,T&I, fica muito mais evidente a necessidade dos órgãos públicos e privados trabalharem em colaboração. Então, nessa perspectiva, é uma iniciativa pioneira no esforço de propiciar cooperação e colaboração entre entes públicos e privados”.
Para Patrícia Leal Gestic, também coordenadora do Comitê ICT-Empresa ao lado de Leonardo Garnica e Diretora de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação Inova Unicamp, o CORE é muito importante, pois é o primeiro comitê aberto formado dentro de uma instituição governamental, que utiliza o know how do CNPq em benefício direto às empresas. “Então, essa interface empresa-CNPq com vínculo formalizado por esse Comitê é uma iniciativa muito importante”, disse Patrícia, que continuou: “O que me chamou a atenção foi que, como o CORE ainda está em fase de criação, existem oportunidades de adequação e eles [CNPq] estão inteiramente abertos e nada enrijecidos. Para as empresas, ter essa abertura do CNPq e outras iniciativas como essa são extremamente relevantes”.
Para iniciar o processo de participação, empresas e indústrias interessadas em parcerias com o CORE devem preencher o formulário eletrônico disponível em: http://cnpq.br/atendimento-a-empresas.
O processo divide-se em três fases: credenciamento, habilitação e qualificação.
Além disso, duas chamadas do CORE já estão abertas para empresas e indústrias interessadas em construir parceria através de Acordo de Cooperação Técnica para o financiamento de projetos científicos, tecnológicos e de inovação.
A primeira chamada apresenta caráter universal, envolve todas as áreas do conhecimento e destina-se ao fomento de projetos de pesquisa e inovação, capacitação de recursos humanos em pesquisa e inovação dentro e fora do país, promoção de intercâmbio entre Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) e empresas/indústrias e apoio ao desenvolvimento tecnológico e à inovação. Mais detalhes estão disponíveis em: http://cnpq.br/documents/10157/4031155/_Chamamento_Publico-001_2016/0305af6b-0c92-4393-8c58-e076cac03572.
A segunda chamada prioriza projetos que tratem dos temas: segurança cibernética e cidadania. Os detalhes estão em: http://cnpq.br/documents/10157/4031155/_Chamamento_Publico-002_2016/68ea7e79-e2aa-44ad-8680-5105a0a608b1.
INCTs, CISB e Anpei Exchange
No período da tarde, a reunião do Comitê ICT-Empresa teve continuidade com a apresentação de Glenda Mezarobba sobre os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que também estão abertos para o relacionamento ICT-Empresa. “Nesse momento percebemos que o CNPq está abrindo oportunidades claras e demonstrando que tem interesse de divulgar e apoiar pesquisas científicas aplicadas, ou seja, focadas em uma necessidade do mercado; e para a Anpei isso é muito importante”, disse Patrícia.
Logo em seguida, Alessandra Holmo, diretora do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), apresentou para os associados o modo de trabalho do Centro e diversas peculiaridades da Suécia como forma de benchmarking, ou seja, processo de busca das melhores práticas de uma empresa ou instituição.
Para finalizar, Ricardo Magnani, responsável pelo relacionamento com os associados, divulgou rapidamente o Anpei Exchange e apresentou o conteúdo gerado na última reunião do Comitê ICT-Empresa e que será incluído na plataforma de boas práticas em gestão da inovação.