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“Faltam engenheiros de PD&I para tirar inovação do papel no Brasil”, apontam especialistas durante Reunião da SBPC

19 de julho de 2016in ANPEInews 0 Comments 0 Likes

19/07/2016

Enquanto o Brasil não construir uma política concreta de gestão de inovação dificilmente conseguirá tirar a palavra inovação do papel. Essa foi a tônica do debate com os especialistas Edson Hirokazu Watanabe, diretor da Coppe e professor de programa de engenharia elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o físico Leandro Tessler, professor associado do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, na 68ª Reunião Anual da SBPC, que ocorreu entre 03 e 09 de julho, em Porto Seguro, na Bahia.

Os especialistas discorreram sobre o tema “como fortalecer o processo de pesquisa em educação em engenharia no Brasil” e foram unânimes em criticar a falta de engenheiros da área de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para criar produtos em larga escala e fazer a máquina funcionar.

Segundo o diretor da Coppe, Watanabe, a falta de engenheiros ligados à área de CT&I é um dos gargalos que se somam ao ambiente desfavorável para os negócios em PD&I, o que piora os riscos inerentes ao processo de desenvolvimento de produtos inovadores, o chamado “vale da morte” – período de transição a partir do momento que uma tecnologia em desenvolvimento é considerada promissora, mas é muito nova para validar seu potencial comercial, até o momento que possa atrair o capital necessário para seu desenvolvimento continuado.

Para Watanabe, os engenheiros formados no Brasil são para o desenvolvimento de testes e papers. “O Brasil não está formando nada de engenheiro de PD&I. Esse ficou esquecido. Depois da graduação, se for bom pode crescer por conta própria”, criticou. Ele reconheceu não ser da área da educação, mas se disse preocupado com a formação da engenharia no Brasil.

Diante desse cenário, Watanabe aponta dificuldade para o País progredir para as fases mais avançadas do processo tecnológico. Ou seja, para o nível de amadurecimento da tecnologia – a Technology Readiness Levels (TRL) -, nas escalas de 05 a 09, fase que, segundo calcula, requer recursos robustos.

Citou, por exemplo, o trem de levitação magnética desenvolvido pela Coppe e que já se encontra fora do laboratório, mas que ainda circulam dentro do campus da UFRJ. Segundo ele, os trens devem circular na Olimpíada, dentro da Vila Olímpica, somente. “Precisamos dar mais um passo para poder circular (na rua). É preciso testar e ter a certeza de que o trem funciona e são seguros de fato, em todas as situações. Essa fase exige muitos recursos”, disse.

Falta de investimento privado
Watanabe acrescentou que a universidade está preparada para ir até a escala 05 do desenvolvimento de uma tecnologia, no máximo. Segundo ele, em países mais desenvolvidos, as fases mais avançadas da tecnologia são de responsabilidade das empresas. “Aqui as empresas esperam que alguém vá fazer, e só entram no buraco, ‘no vale da morte’. Se nos países desenvolvidos grande parte das tecnologias morre, imagina no Brasil. Na Microsoft, por exemplo, 91% do que fazem são jogados fora, mesmo assim, erram 18% menos do que a média mundial. Mas no Brasil errar (ou ousar) é feio nessa área”.

Nesse contexto, o diretor da Coppe mencionou a dificuldade de tirar a inovação do papel.  Lembrou que em 2011 a inovação foi incluída no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Já em fevereiro de 2015 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 85 que inclui o termo “inovação” na Constituição. E este ano foi aprovado o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, que não deu resultado, até agora, segundo disse.

“Hoje ainda se quer saber o que é inovação. Na inovação não basta ter uma ideia, ela tem de funcionar e ser aprovada pelo mercado, alguém tem de comprá-la”, disse. Ele definiu o inovador uma pessoa ousada, corajosa e empreendedora. Um exemplo, disse, é Akio Morita (1926 a 1999), fundador da Sony.

O diretor da Coppe lançou a pergunta sobre como formar engenheiros mais inovadores, e respondeu que “o bom é quando ele busca conhecimento das coisas que ninguém sabe”.

O físico da Unicamp, Leandro Tessler, reforçou tal posicionamento e disse que o chamado ‘vale da morte” no Brasil tem a ver também com a falta de profissionais capacitados para atuar nas escalas mais avançadas do desenvolvimento da tecnologia. “O índice de inovação no País parece boca de jacaré que só abre com o tempo”, criticou e disse que o cenário estimula o Brasil a manter a dependência tecnológica do exterior.

Distância entre produção científica e PIB
Nesse caso, o diretor da Coppe mencionou o descompasso entre a produção científica nacional, figurando na 13ª posição mundial, a participação da economia nacional no mundo (entre 7º e 9º lugar), e o índice de inovação, em 70º no ranking mundial. “Alguma coisa não está funcionando direito e talvez seja pelo fato de não formamos engenheiros em PD&. É preciso transformar conhecimento em inovação”, reforçou.

O diretor da Coppe defendeu um programa de iniciação à inovação, inclusive para professores.  “É preciso incluir os conceitos relativos à inovação em disciplinas de graduação, lembrando dos TRL nas escalas de 5 a 9, para conscientizar professores e alunos de que não basta gerar conhecimentos. Alguém tem de aprender a transformá-los em produtos”, recomendou.

Formação da engenharia
Nesta atual conjuntura, de recessão econômica profunda, o diretor da Coppe defendeu a ideia de “formar bons alunos” para melhorar a economia. “É preciso atitudes para melhorar o nível de confiança entre as pessoas, mais ética e mais técnica corretas entre as pessoas. É preciso também desburocratizar o ambiente de negócios. A falta de confiança no Brasil, um dos piores do mundo em termos de confiança, gerou muita burocracia”, criticou.

Na mesma sintonia, o físico da Unicamp, Leandro Tessler, disse que a prática requer engenheiros diferentes do perfil formado. Segundo ele, os engenheiros são formados para solução de problemas, de cálculos. Mas que têm pouco contato com o mundo “que nos cerca”.

No mundo, segundo ele, a formação de engenheiro é mais curta, com quatro anos, contra 5 anos no Brasil, e há mais ênfase em habilidade do que em conteúdo. Para ele, um dos problemas no País é o corpo docente conservador. “Ninguém faz esforço para mudar isso, porque sairia da zona de conforto”.

Questionados pela plateia sobre como o ensino básico poderia se preparar para a graduação da engenharia, o diretor da Coppe saiu em defesa da valorização do professor.  “É preciso refletir para melhorar a educação básica, iniciando pela valorização da carreira do professor. Isso teria de ser um projeto de País”, concluiu.

(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência)

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