O governo federal lançou, no 17 de maio, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) o edital do Inova Aerodefesa. O programa é uma iniciativa dos Ministérios da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Defesa e da Agência Brasileira de Inovação (Finep), do Banco Nacional de Desenvolvimento Industrial (BNDES) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) para apoio aos setores Aeroespacial, Defesa e Segurança Pública. O Inova Aerodefesa terá o recursos de R$ 2,9 bilhões para selecionar planos de negócios de empresas brasileiras que contemplem temas relacionados à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico e à inovação das cadeias produtivas destes setores. O setor de Aerodefesa integra o programa Inova Empresa, lançado em abril pelo governo federal que investirá R$ 33 bilhões em inovação e tecnologia de setores estratégicos como: agropecuário, energia, energias renováveis, petróleo e gás, complexo da saúde, tecnologia de informação e comunicação e projetos de sustentabilidade e socioambientais. O Inova Aerodefesa será coordenado pela Finep, por meio da atuação integrada de vários instrumentos de apoio através das modalidades de crédito, subvenção econômica e projetos cooperativos entre instituições e empresas. As empresas também poderão receber recursos através de participação acionária. O programa contempla todos os setores considerados estratégicos pelo governo federal no Plano Brasil Maior (PBM). Foi um pedido da presidenta Dilma que o governo corresse os riscos junto com as empresas. Estamos fazendo a nossa parte e gostaríamos agora que as empresas tomassem a iniciativa de usar os mecanismos disponíveis, declarou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp. Para financiar os projetos, o programa prevê a integração dos diversos instrumentos de apoio à inovação: crédito direto para desenvolver projetos próprios, recursos não retornáveis que estimulem a parceria das empresas com as instituições tecnológicas, a subvenção econômica, programa específico para micro e pequenas empresas e a participação acionária do BNDES e da Finep. O presidente da Finep, Glauco Arbix, explica que o crédito será variável, dependendo do grau de inovação e do risco tecnológico, mas a princípio será a taxa de juros será de 2,5% a 5% ao ano, com o prazo de carência de até quatro anos. São condições especiais que a Finep e o BNDES estão trabalhando para fazer chegar às empresas. Há uma gama muito grande de temas voltados paras áreas críticas de tecnologia que o Brasil mais necessita, declarou. Segundo Arbix, o programa contemplará projetos de empresas do setor aeroespacial em todos os sentidos: produção espacial, motores, veículos, plataformas, satélites espaciais, na área de defesa com assessoramento remoto, subsistemas de comando, controle para a defesa. E na área de segurança pública com sistemas de identificação, sistema de informação, materiais especiais. A secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloisa Menezes, ressalta que o Inova Aerodefesa complementa o conjunto de estratégias que refletem a importância do setor na economia e no processo de inovação no Brasil. É uma destinação vultosa de recursos, de um marco importante que, alinhado às diretrizes do PBM, reúne a política de inovação, a política industrial e a política de defesa. Para o diretor de Planejamento, Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, João Carlos Ferraz, o Aerodefesa representa o foco das prioridades defendidas pela presidenta Dilma para a política industrial e a política de inovação no país. O foco deve ser a agregação de valor por meio da inovação, e este programa procura exatamente contemplar projetos nesta direção. Convocamos os empresários a não apresentarem projetos, mas planos de inovação na lógica de um plano de negócio. Vale ressaltar que valorizaremos mais se esses planos forem elaborados em parceria com outras empresas e com institutos de pesquisa, destacou. Poderão participar do processo de seleção empresas brasileiras e/ou grupo econômico brasileiro com Receita Operacional Bruta igual ou superior a R$ 16 milhões ou patrimônio líquido igual ou superior a R$ 4 milhões no último exercício, denominadas empresas líderes. Essas empresas poderão se candidatar individualmente ou em parceria, desde que tenham interesse em empreender atividade de produção e comercialização dos produtos ou serviços aderentes às tecnologias relacionadas aos temas. Propostas de empresas com receita operacional bruta inferior a este limite e de instituições científicas tecnológicas ficam condicionadas à formalização de parcerias com as empresas líderes. (Com informações da Assessoria de Comunicação da ABDI)

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