Pirelli e Cristófoli encerram apresentação de cases
Mais dois cases de empresas inovadoras foram apresentados na quarta-feira (7), último dia da VI Conferência ANPEI, realizada no Rio de Janeiro desde segunda-feira. O diretor presidente da Cristófoli Equipamentos de Biossegurança, Ater Cristófoli, falou sobre a Fundação Educere, criada e mantida pela empresa na cidade em que tem sua sede, Campo Mourão (PR). O outro case foi apresentado por Roberto Falkenstein, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli Pneus, que falou sobre a necessidade de as empresas inovarem para competir e também abordou o inovação na área de pneus.
Cristófoli contou que a Fundação Educere surgiu em 1997, de um sonho de adolescência de criar uma escola para jovens talentosos. “Hoje, a Fundação é composta de três blocos: uma escola, um centro de pesquisa e desenvolvimento e uma incubadora de empresas”, disse. Segundo ele, a falta de recursos trouxe algumas soluções inovadoras. “A escola, por exemplo, não tem controle de freqüência, nem provas”, contou. “Temos objetivos bem definidos e as aulas são extremamente práticas. Só as freqüentam quem realmente se interessa em aprender. As salas de aula também funcionam como laboratórios.”
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, por sua vez, nada mais é do que as próprias salas de aula. “As pesquisas são direcionadas para a área de saúde”, explicou. “São feitos protótipos, elaborados com a cadeia de fornecedores.” A incubadora também é setorial, dirigida à área de saúde. Como resultado, já foram criadas 10 empresas, a maioria da área de equipamentos para saúde.
Roberto Falkenstein, da Pirelli Pneus, deu ênfase nas características das empresas vencedoras. “São empresas que investem arduamente em inovação, sabem onde querem chegar e captar as expectativas dos clientes, governo e acionistas e são competitivas”, disse. Segundo ele, somente 5% das inovações são frutos de uma idéia brilhante. “Os outros 95% são resultado de árduo trabalho, de tempo dedicado a desafiar, a romper barreiras e a superar dogmas”, explicou. Quanto aos pneus, ele disse que precisam de inovação constante por causa das preocupações ecológicas, segurança e consumo de combustíveis.