ANPEI apresenta pontos do acordo de cooperação com associação da Coréia
Fazer com que a ANPEI e a Associação Coreana de Tecnologia Industrial (KOITA) sejam as entidades responsáveis por viabilizar parcerias entre Brasil e Coréia no campo da inovação, possibilitando troca de experiências e informações sobre recursos humanos, tecnologia e oportunidades de negócio. Essas são as principais linhas de atuação que podem resultar do acordo de cooperação firmado na última quinta-feira, 6 de julho, entre os presidentes da ANPEI, Ronald Martin Dauscha, e da KOITA, Young-Sup Huh.
A assinatura do memorando ocorreu, em Brasília, durante encontro do secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luis Manuel Fernandes, com uma delegação chefiada pelo vice-primeiro ministro sul-coreano da mesma pasta, Myung Oh. “Esperamos ainda promover eventos no Brasil e na Coréia sobre inovação tecnológica para as empresas associadas às duas entidades e desenvolver em conjunto atividades de treinamento e capacitação destinadas às indústrias”, ressaltou Dauscha.
A associação coreana deverá ajudar a ANPEI a entender melhor o modelo de desenvolvimento industrial e tecnológico adotado pela Coréia nos últimos 30 anos, que permitiu o salto de inovação: de 43 centros de pesquisa e desenvolvimento existentes nas companhias coreanas no final da década de 70, hoje o número beira a 11 mil. “A Coréia é considerada referência. É importante compreender em detalhes os incentivos fiscais dados às empresas, como foram criados os 11 mil institutos de pesquisa ligados às indústrias e quais os tipos de fomento concedidos”, diz Dauscha.
A KOITA, por sua vez, deve compartilhar com a entidade brasileira a sua experiência e a de seus 5.000 associados em construir competitividade industrial, estimulando as empresas a criarem seus centros de pesquisa e desenvolvimento. E acredita que a ANPEI deve fazer a intermediação entre o Brasil e o governo e a indústria coreana interessadas especialmente no conhecimento nacional nas áreas de biotecnologia e tecnologia espacial. O Brasil é considerado pela Coréia o principal parceiro deste século. “A ANPEI tem grande potencial para apoiar esse tipo de colaboração entre Brasil e Coréia”, enfatizou Seung-Hyun Son, gerente de Cooperação Internacional da KOITA.
Myung Oh, o vice-primeiro ministro da Coréia, declarou que gostaria de ser lembrado como o político que promoveu a cooperação entre os dois países. O acordo firmado entre a ANPEI e a KOITA foi mencionado pelo secretário-executivo do MCT como um exemplo concreto do fortalecimento das relações entre Brasil e Coréia. “Esse acordo mostra o engajamento das partes envolvidas nas negociações e o resultado desse encontro”, afirma Luis Manuel Fernandes.
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