28/08/2017
Qual é a eficácia dos nossos sistemas de incentivo à P,D&I? Eles acompanham a revolução tecnológica? Esse foi o tema da mesa redonda que o coordenador do Comitê de Fomento à Inovação da Anpei, Luis Frade, participou no último dia 25 de agosto, no Rio de Janeiro, durante a O&G TechWeek. Ao lado do diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone, e do Presidente da Empresa de Pesquisa Enérgica (EPE), Luiz Augusto Barroso, Frade apontou que é necessário redesenhar os instrumentos de fomento do Brasil de acordo com a nova realidade da cadeia de inovação, tornando o processo mais ágil e focando o resultado em produtos que estejam rapidamente acessíveis aos clientes.
De acordo com os debatedores, a atualização ou a criação de novos instrumentos que permitam, por exemplo, financiar startups que possam entrar nesse circuito de fomento com mais velocidade, assim como utilizar fundos como Seed ou Venture Capital, também é fundamental para os dias atuais.
A apresentação do coordenador do Comitê de Fomento à Inovação da Anpei foi baseada na pesquisa de instrumentos de fomento realizada pelo grupo em 2016. “Esse trabalho demonstrou que os instrumentos existentes não se adaptam mais à realidade das agências e das empresas. O mundo mudou”, ressaltou Luiz Frade.
Tanto para a ANP quanto para a ANEEL, existem muitos recursos para P,D&I no país, mas parece que eles não estão sendo bem aproveitados.
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), R$ 12 bilhões foram disponibilizados para P,D&I desde 1999 no setor de O&G, e mais de R$ 4 bilhões no setor elétrico no mesmo período. Entretanto, de acordo com os debatedores, “existe a impressão de que, quando observados os resultados transformados em produtos, os recursos não foram bem aproveitados de uma maneira geral”.
Sobre a O&G TechWeek
Organizada pelo IBP e com apoio institucional da Anpei, a O&G Techweek foi o 1º evento de tecnologia voltado para o setor de Petróleo e Gás no Brasil. O evento, que aconteceu entre os dias 21 a 25 de agosto, no Museu do Amanhã, apresentou as últimas inovações tecnológicas ao redor do mundo, além de desvendar as megatendências que irão pavimentar o futuro do setor.
Foram cinco dias de programação que incluíram palestras, debates, apresentações de cases, hackatons, exposições e encontros de negócios. Os temas abordados, no contexto do setor de Petróleo e Gás, foram, dentre outros, Internet das Coisas, Big Data, Analytics, Nanotecnologia, Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Cyber Security e Drones.
“Estou muito satisfeito com o resultado da O&G TechWeek. A proposta de valor era conseguir botar toda a oferta de tecnologias digitais em contato com as demandas e os desafios da nossa indústria, e conseguimos”, disse Milton Costa Filho, secretário-geral do IBP, ao final do evento.