11/07/2017
Como nunca antes atuou como financiadora da demanda- ou seja como agente de compra de equipamentos – a FINEP decidiu usar a portaria 950, que cadastra e registra os produtos feitos no Brasil, como base para assegurar que o dinheiro disponibilizado está sendo transferido para movimentar o ecossistema de telecomunicações nacional, explica o diretor de Inovação da FINEP, Márcio Girão.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, Girão explica o recém-lançado programa de Apoio à Aquisição Inovadora em Empresas de Telecomunicações, que tem o intuito de permitir a retomada do crescimento do setor no período 2017–2020. “A crise impactou demais os negócios de Telecom. As empresas estão transferindo recursos de pesquisa e desenvolvimento para capital de giro. O financiamento de até R$ 500 mil por equipamento abre frentes para empresas de todos os portes”, detalha o executivo.
Girão admite que desde o lançamento da iniciativa houve uma reação pelo fato de a fibra óptica ter ficado de fora do programa. “Sabemos que a fibra é necessária, mas ela não se adequa à 950. Mas estamos vendo na FINEP como podemos rever essa questão e em 30 dias teremos uma posição”, relata, sem adiantar detalhes do que está sendo costurado.
A FINEP está alocando R$ 630 milhões na iniciativa para os próximos três anos e financia a aquisição de produto a partir de R$ 500 mil. Ciente que a política de garantia da agência é muito rígida para as pequenas e médias empresas, Girão diz que há novas modalidades em construção e que serão anunciadas o quanto antes. Assistam a entrevista com Márcio Girão, diretor de Inovação da FINEP.
(Convergência Digital)