Finep vai triplicar aplicação em fundos de investimentos
Neste ano a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) pretende aplicar R$ 120 milhões em fundos de investimento, três vezes mais do que em 2006. Desse montante, R$ 40 milhões irão para capital semente e R$ 80 milhões para aportes em venture capital. Segundo Odilon Marcuzzo do Canto, presidente da Finep, a proposta de orçamento já foi encaminhada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Os recursos serão aplicados por intermédio da Incubadora de Fundos Inovar, estrutura criada pela Finep para estimular a criação de fundos de venture capital no Brasil. O programa possui hoje R$ 600 milhões comprometidos em 13 fundos, que juntos já investiram em cerca de 50 empresas inovadoras.
Criada em 2000, a iniciativa é uma realização conjunta da Finep, do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (FUMIN/BID), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Banco do Brasil Investimentos (BB – BI), da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e dos fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef). Somadas, as carteiras administradas pelos parceiros da incubadora alcançam R$ 120 bilhões em recursos disponíveis para investimentos.
A Finep, sozinha, já comprometeu cerca de R$ 88 milhões em 11 fundos. Desses, seis estão em operação. No total, GP Tecnologia, Stratus VC, SPTec, Rio Bravo Investech II, Novarum e CRP Venture VI aportaram recursos em 27 empresas inovadoras. Há ainda outros cinco fundos já aprovados e em fase de captação financeira. A expectativa é que, nos próximos três anos, cerca de 150 empreendimentos sejam beneficiados.
“Um dos fundos investidos, cujo nome ainda não pode ser divulgado, já está distribuindo os lucros entre cotistas e gestores. Após apenas quatro anos, a Finep recebeu mais de três vezes o valor investido. A Taxa Interna de Retorno (TIR) é de 42,68% anuais. E ainda há novos investimentos a serem realizados. Para se ter uma idéia, nessa classe de ativos só é esperado retorno após seis anos”, revela Odilon.